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Profissionais de saúde serão os primeiros vacinados em PG; confira a estratégia municipal

Foto: Divulgação

* Por Felipe Liedmann

A aplicação de vacinas para combater a covid-19 em Ponta Grossa começará pelos profissionais da saúde. A afirmação parte do presidente da Fundação Municipal de Saúde, Rodrigo Manjabosco, em entrevista ao dcmais nesta sexta-feira (15). O chefe da pasta também confirma que a estratégia de imunização da população local está traçada.

Diferente do que afirmou o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a prefeitos na quinta (14), a vacinação local, pelo menos em Ponta Grossa, não deve ter início oficialmente no dia 20. Contudo, Manjabosco crê que ainda em janeiro o município poderá imunizar 2.858 profissionais da saúde.

“Acredito e muito que ainda neste mês [janeiro] iniciaremos a campanha de vacinação. Creio que até a última semana de janeiro estaremos vacinando o primeiro grupo”, projeta.

Esses mais de 2,8 mil profissionais são os trabalhadores de hospitais, da UPA, do SAMU, de laboratórios e das Unidas Básicas de Saúde. Segundo Manjabosco, eles serão imunizados dentro dos próprios locais de trabalho, sem necessidade de deslocamento.

E depois?

Na sequência dos grupos prioritários estão as pessoas com comorbidades, os idosos, os indígenas e os quilombolas. É um grupo maior e que obrigará a Fundação Municipal de Saúde (FMS) a adotar estratégias mais robustas de vacinação.

A tendência é que exista uma ordem dentro dos próprios grupos vacinais. “Começamos pelos mais idosos, idosos com comorbidades, depois os idosos sem comorbidades… assim por diante”, exemplifica Manjabosco.

É necessária esta separação pois a vacina será ‘nominal’. Os dados do imunizado entrarão em um sistema de dados do Governo Federal. O objetivo é evitar falhas na aplicação das doses. Por exemplo, uma pessoa que recebe a primeira dose da CoronaVac precisa, necessariamente, a segunda dose da CoronaVac. E assim precisa ocorrer com cada vacina.

Locais de vacinação

Conforme antecipado pelo presidente da FMS, Ponta Grossa deve contemplar no início seis espaços de vacina. Cinco Unidades Básicas de Saúde escolhidas pela posição geográfica e um ponto drive-thru ao lado da feira do produtor – próxima ao Parque Ambiental, no Centro.

“O drive-thru é uma das boas soluções, mas faremos a descentralização em fundos de bairros para atingir essa população”, reforça o chefe da FMS.

A previsão inicial do gestor da saúde municipal é abrir esta etapa nos primeiros dias do próximo mês. “É no início de fevereiro, mas depende do volume que conseguirão entregar. Isso terá de ser levado em conta. Mas acreditamos que devemos ter um ritmo e uma frequência de vacinação em um estado bem confortável, atendendo a população com certa regularidade”, explica.

Quanto tempo?

Perguntado sobre a previsão de imunização de toda a população de Ponta Grossa, Rodrigo Manjabosco adota cautela, mas faz uma estimativa.

“É meio que um jogo de acerto. Sem dificuldades de insumos e da oferta oportuna de vacinas, a gente chegaria até o final de abril e início de maio com essa campanha de vacinação chegando próxima da totalidade”, esboça

Qual vacina?

Apesar do ex-prefeito Marcelo Rangel (PSDB) ter viajado para São Paulo em dezembro com a intenção de firmar convênio com o governo do estado vizinho, as vacinas de Ponta Grossa deverão ser disponibilizadas pelo Governo Federal e pelo Governo do Paraná. Assim, o Município não precisará mexer nos cofres públicos para adquirir as doses.

“O Governo Federal deve assumir e também o Governo do Estado. Assim, o Município não teria porque se envolver. Isso também não é visto com bons olhos pelo Tribunal de Contas. Então, no cenário que estou observando, essas vacinas serão ofertadas pela União e pelo Estado”, confirma Manjabosco.

Diante disso, Ponta Grossa tende a disponibilizar três imunizantes ao longo dos próximos meses: CoronaVac, AstraZeneca e Sputnik V.

“Não temos a opção de escolha. Primeiro será aquela que o Governo Federal ou do Estado entregarem. Pelo que vemos acredito que será a CoronaVac”, informa Manjabosco.

Insumos

A Fundação Municipal de Saúde não acredita que terá dificuldades com seringas e demais insumos necessários para aplicação inicial da vacina. Neste sábado (16), a cidade deve receber novo lote de seringas para o início da campanha.

“Com insumos e seringas estamos preparados. Receberemos mais uma quantidade de seringas amanhã [sábado] e vamos fazer a guarda desses insumos. Já temos assegurados para o primeiro grupo e uma capacidade de reserva”, avisa Manjabosco.

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