Ponta Grossa apresentou uma queda de aproximadamente 70% no número de óbitos causados pela covid-19 nas últimas quatro semanas. O dado foi obtido pela reportagem do Diário dos Campos e portal dcmais, através do comparativo entre os números disponíveis nos boletins diário do município.
A análise das estatísticas, colocadas lado a lado, mostram que o município iniciou o mês tendo registrado 31 óbitos no período de sete dias. Três semanas depois, foram nove óbitos em sete dias. A redução ocorreu de forma quase proporcional à queda registrada no número de novos casos. Entre 26 de junho e 2 de julho a cidade diagnosticou 1.038 novos casos positivados. Entre 17 e 23 de julho já eram 287. A redução foi de 72,3%.
Ao todo, o levantamento considera 28 dias, nos quais também é possível avaliar a evolução em outros itens relacionados à pandemia. No primeiro dia do período havia 109 ponta-grossenses internados com covid-19. Já nessa sexta-feira (23), ultimo dia do levantamento, o número de internados era 69.
O número de casos monitorados (pessoas suspeitas de contágio ou em contato com positivados) era 5.448. Vinte e oito dias depois, são 2.076. Os casos suspeitos hospitalizados, que eram 14, caíram para seis. E até mesmo o número de exames à espera de resultados reduziu de 624 para 397.
PG registra 35 novos casos e dois óbitos
A Prefeitura de Ponta Grossa registrou dois novos óbitos atribuídos à covid-19 e 35 novos casos de contágios. Os dados estão no boletim da doença, divulgado nesta sexta-feira (23). Os números estão entre os mais baixos dos últimos meses.
O registro dos novos óbitos coincide com diminuição de dois óbitos que antes eram considerados suspeitos, sugerindo que laudos recém concluídos confirmaram que a causa da morte foi o contágio pelo coronavírus. As vítimas agora foram dois homens, com mais de 80 anos de idade. O município agora soma 1.167 mortes e 48.076 casos confirmados.
Opinião do repórter
Apesar da perspectiva relativamente positiva em relação à observada no mês passado, o Paraná já registrou situações de queda nos números da pandemia antes. Por três vezes neste ano (janeiro, março e junho) o estado teve picos da doença, seguidos por quedas abruptas nos casos e mortes. As reduções foram relacionadas às ações governamentais que promoveram redução na circulação de pessoas.
Com o avanço da vacinação, existe a expectativa de que a queda agora esteja atrelada à maior imunização do público. No entanto, os especialistas em saúde dizem que a vacina apenas ameniza os efeitos nocivos do coronavírus. Não impede os contágios, mas reduz as chances de internamento e óbito.
Em síntese, ainda é preciso manter os mesmos cuidados (máscara, álcool gel, distanciamento), até que a redução nos números se mostre sustentável, e não apenas uma boa notícia temporária, como foi em fevereiro e em abril.