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CRM-PR e Sociedade Brasileira de Infectologia alertam para semana crítica da pandemia

Curva de contaminação em alta, números de casos e mortes crescendo exponencialmente e disponibilidade de leitos de UTI se esgotando, ao mesmo tempo em que a população vem relaxando nas medidas de distanciamento. O Conselho Regional de Medicina do Paraná e a Sociedade Brasileira de Infectologia emitiram alerta de que o estado entra em sua semana mais crítica da pandemia causada pelo coronavírus. Do mesmo modo, a Secretaria Estadual de Saúde e a Municipal de Curitiba também emitiram alerta de risco de a capacidade assistencial entrar em colapso muito brevemente.

No Estado, em apenas um mês, houve crescimento de 344% nos casos de Covid-19. Assim, o Paraná fechou domingo, dia 14, com 9.583 casos confirmados e 326 mortes, sendo pelo menos 78 em Curitiba. No Brasil, o total de mortes já passou de 43 mil e o de casos está perto de 870 mil. No mundo, são  427,6 mil mortes e 7,6 milhões de casos. Embora o Brasil tenha somente 2,5% da população mundial, já responde por mais de 10% dos casos de Covid-19 e também das mortes.

“Nos próximos dias enfrentaremos momentos críticos da pandemia no Paraná. Reforçamos a orientação de manter o distanciamento social, uso de máscaras e higienização das mãos. Será importante seguirmos as orientações das autoridades sanitárias municipais e estaduais. Juntos venceremos!”, diz comunicado emitido pelo CRM.

O médico paranaense Clóvis Arns da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, foi ainda mais duro. “Quase com certeza, vamos enfrentar a pior semana da epidemia da covid até agora em Curitiba e no Paraná. Mesmo hospitais privados de Curitiba já estão sem vagas de UTI ou com poucas disponíveis. Vários internamentos nas últimas 24 horas”, diz, em texto distribuído pela sociedade de especialidade.

“Se conseguirmos convencer a população a seguir as medidas de isolamento social, provavelmente, conseguiremos voltar a ter a epidemia ‘sob controle’ em 4 a 6 semanas. Se não conseguirmos, poderá acontecer aqui o que todos vimos em outras cidades brasileiras no mês de maio”, avalia. “As consequências socioeconômicas da Covid-19 no mundo e no Brasil são avassaladoras, mas enquanto não tivermos medicamento eficaz, nem vacina, o isolamento social é a única forma de controlarmos a epidemia. Quanto antes controlarmos a epidemia, tanto mais rapidamente a economia poderá ser reaberta”, conclui.

A Prefeitura Municipal de Curitiba não divulga boletins sobre o coronavírus aos domingos. No boletim de sábado, 13, a taxa de ocupação de leitos de UTI era de 74%. No boletim estadual de domingo, a taxa de ocupação de UTIs registrada era de 51%. No entanto, em duas regionais, a ocupação já supera 60%: 62% na Leste (que abrange Curitiba) e 66% na Oeste.

Fonte: Gazeta do Povo, com informações do CRM-PR.

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