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Greve suspende atividades no IFPR de Telêmaco Borba

Foto: Divulgação

Metade dos funcionários do Instituto Federal do Paraná (IFPR) do campi de Telêmaco Borba aderiram a uma greve nacional dos servidores federais da educação. Deflagrada em 19 de março e iniciada no dia 25, o movimento abrange os institutos federais e o Colégio Militar do Paraná. A partir do dia 15 de abril, a previsão é que docentes das universidades federais também façam adesão à mobilização. Nas universidades federais, os técnicos já estão em greve.

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De acordo com o professor Diego Lourenço Paes, do IFPR de Telêmaco, a greve abrange servidores federais, tanto técnicos como professores. Ambos têm reivindicações específicas para suas carreiras.

No caso dos professores, a categoria reivindica recomposição salarial (22,71% divididos em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026), equiparação dos reajustes dos auxílios (alimentação, saúde e creche) equiparado aos dos demais Poderes, atendimento do Piso Nacional do Magistério, e Revogação da Portaria 983, que trata sobre a reestruturação da carga horária docente.

Para os servidores técnicos, as reivindicações envolvem reestruturação da carreira, recomposição salarial (cerca de 34% dividido em três parcelas iguais de 10,34% em 2024, 2025 e 2026), equiparação dos reajustes dos auxílios de acordo com os demais Poderes, e regulamentação do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) para a categoria.

“Os cálculos envolvem as perdas salariais do governo Temer até o final do governo atual”, explica Paes.

Suspensão de atividades

No campi de Telêmaco, em que aproximadamente 50% de 110 servidores, incluindo técnicos e professores, aderiram ao movimento, a medida afeta diretamente a oferta de aulas aos cursos do Ensino Médio Técnico Integrado, o que levou a direção a optar pela suspensão das atividades nesta primeira semana. A situação ainda será atualizada nos próximos dias. O campi tem aproximadamente mil estudantes de ensino médio e superior.

Veja o que diz o governo federal sobre a paralisação

Em 2023 o Ministério da Gestão viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação. Esse foi o primeiro acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em oito anos.

No segundo semestre de 2023, teve início o debate sobre reajuste para o ano de 2024. Como parte desse processo, foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras. A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal, para recuperar a capacidade de atuação do governo para a execução de políticas públicas, é pauta prioritária do Ministério da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal.  

Especificamente para a carreira de técnicos-administrativos educacionais, os Ministérios da Gestão e o da Educação criaram um Grupo de Trabalho (GT) para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.

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