Prevista para entrar em plena produção entre o fim de março e início de abril, a Maltaria Campos Gerais já prevê duplicar o volume em até cinco anos. A informação é do presidente da Cooperativa Agrária Agroindustrial, Adam Stemmer, que concedeu entrevista, nesta quinta-feira (4), no Estúdio do Portal DCmais.
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Com investimento de R$ 1,6 bilhão, a nova maltaria fica em Ponta Grossa e tem capacidade para produzir 240 mil toneladas de malte por ano, o que representa 14% do consumo brasileiro. “Dentro de três a cinco anos, dependendo do mercado, vamos dobrar a produção para 500 mil toneladas de malte ao ano”, diz o presidente, acrescentando que esse aumento vai colocar a Maltaria Campos Gerais como a maior da América Latina.
Hoje, a maior maltaria do grupo é a de Guarapuava, que tem capacidade para 360 mil toneladas/ano. A duplicação da fábrica de Ponta Grossa já está prevista em contrato assinado com um de seus principais clientes – a Ambev. Outro grande cliente da Maltaria é a Heineken.
Do campo ao copo
A chegada da Maltaria Campos Gerais é mais um impulso para a economia da região. O empreendimento é uma intercooperação que reúne as cooperativas Agrária Agroindustrial (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e a Frísia (Carambeí).
Segundo Stemmer, a fábrica possui 140 funcionários, mas todas as cooperativas envolvidas no projeto também estão ampliando o número de colaboradores. “Isso porque elas vão precisar ampliar a recepção e a armazenagem da matéria-prima”, conta. A estimativa é de que as cooperativas abram de 500 a 600 vagas de emprego direto e também de geração de mil empregos indiretos.
O presidente da Agrária destacou ainda a qualidade da cevada produzida na região. “É uma matéria-prima de qualidade, fruto de investimento em genética. A produção brasileira está ganhando em qualidade e produtividade e a região dos Campos Gerais tem um grande potencial”, explica.