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Zagueiro do Furacão comemora convocação para seleção olímpica

O zagueiro Robson Bambu foi apresentado ao Athletico Paranaense oficialmente ainda em novembro de 2018, com 21 anos de idade. No início deste ano, começou a escrever a história com a camisa rubro-negra. Mas como nada na vida cai do céu, o jogador precisou superar diversos obstáculos para marcar o 2019 no Furacão.

A caminhada começou ainda no Campeonato Paranaense, com a equipe de Aspirantes. Um início sem vitórias até chegar à conquista do título. A estreia pelo time principal aconteceu apenas em maio, diante da Chapecoense.

No segundo semestre, foram poucos jogos pelo Brasileirão. Mas quando entrou na Copa do Brasil, não decepcionou. E escreveu o nome no Rubro-Negro.

Com as ausências de Thiago Heleno e Pedro Henrique, Bambu teve as primeiras chances no torneio diante do Flamengo, nas quartas de final. Atuações seguras que ajudaram o Furacão na classificação às semifinais.

No segundo jogo contra o Grêmio, Léo Pereira estava suspenso e coube ao camisa 14 formar dupla de zaga com Lucas Halter. Defesa segura, vitória épica por 2 a 0 e vaga para a final garantida nos pênaltis.

Diante do Internacional, mais duas atuações em grande estilo, anulando o ataque adversário, e título inédito para a conta.

“Foi um ano em que eu superei as expectativas. Cheguei para mostrar o quanto eu poderia entregar ao Clube e o quanto eu poderia ser importante. Passei por um preparo até começar a jogar, mas pude alcançar grandes objetivos. Fico muito grato por tudo isso que aconteceu, finalizando com essa convocação para a seleção”, destacou o zagueiro, que representará o Furacão no Torneio Pré-Olímpico 2020.

Foram 22 partidas na temporada e os títulos do Campeonato Paranaense e da Copa do Brasil. “Eu passei por uma adaptação aqui. Fiz alguns jogos no Estadual e depois subi para o principal. Nesse tempo que fiquei sem atuar, tinha convicção de que a oportunidade ia aparecer. Mantive a minha cabeça focada, porque precisaria estar pronto”, disse Bambu.

As atuações na Copa do Brasil colocaram Bambu em um outro patamar na disputa por uma vaga entre os titulares da equipe. Mas um lance nos últimos minutos da partida no Beira-Rio fez com que o zagueiro ficasse por um tempo parado. Um choque com Márcio Azevedo resultou em uma fratura de órbita e uma cirurgia no rosto.

Foram cerca de 40 dias sem poder atuar. O retorno aos jogos aconteceu apenas no início de novembro. “Aquele lance representa muito. Já não tínhamos mais alterações e não tinha como eu sair de campo. Pude mostrar um pouco da minha superação e do meu espírito”, ressaltou. “Vejo até hoje fotos do meu estado após o jogo. O pessoal começou a me chamar de ‘Rocky Bambu’ e foi engraçado. Na minha vida, sempre tive obstáculos para conquistar meus objetivos e isso tudo ficará para sempre na história”, completou.

Além da dedicação e da confiança, a alegria nunca abandonou Robson Bambu. Sempre com o sorriso no rosto, até o lance com Márcio Azevedo rendeu boas histórias ao jogador.

“Lá em Porto Alegre, eu já falava que ele ia ter que comprar um óculos para mim no aeroporto, porque não tinha como chegar em Curitiba daquele jeito. Depois, ele ficava me perguntando toda hora se eu estava bem e eu já aproveitava para pegar no pé dele”, brincou.

Após um ano mágico, pessoalmente e coletivamente, o zagueiro espera ainda mais conquistas em 2020.

“Temos objetivos para conquistar, principalmente disputando novamente uma Libertadores. A torcida já viu o quão forte é o nosso grupo. Entram e saem jogadores, e o nosso time continua com a mesma força. Então, vamos trabalhar para que 2020 seja um ano de mais vitórias para o clube”, concluiu Robson Bambu. (Foto: Miguel Locatelli – CAP)

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