Nas eleições deste ano, Sandro Alex (PSD), foi eleito para o terceiro mandato de deputado federal, com mais de 124 mil votos. Além da reeleição, Sandro Alex comemora o fato de ter sido o candidato a deputado federal mais votado em Ponta Grossa, o que para ele, é fruto do trabalho realizado ao longo dos últimos quase oito anos no Congresso Federal, seja através dos recursos viabilizados e da coerência em sua conduta.
Em entrevista ao Diário dos Campos, Sandro Alex apresenta um pouco do trabalho desenvolvido ao longo dos dois mandatos na Câmara Federal e destaca as ações e projetos que quer defender a partir de 2019 no Congresso. Ele prevê que, independente do presidente que seja eleito neste domingo (28), no segundo turno da eleições a presidente – Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT) – o país enfrentará uma oposição ferrenha, que tentará, em sua opinião, derrubar o governo eleito. "Precisamos defender uma trégua para debater temas importantes e defender o desenvolvimento do país", afirma. Confira trechos da entrevista.
Maior votação para deputado em PG
"Eu vinha falando que estas eleições seriam surpreendentes e os políticos que acreditavam que seria apenas mais uma eleição não seriam bem sucedidos. Creio que a votação expressiva que conquistei é fruto da conduta e do meu trabalho, a população avaliou e aprovou. E, sinto que sou mais cobrado por ser base do governo municipal. Por isso, este reconhecimento me deixa muito feliz".
Avaliação do segundo mandato
"Este foi um mandato em que apareci mais. No primeiro mandato há dificuldade maior porque chega sem bagagem, sem muito conhecimento. Já no segundo mandato, as pessoas já te conhecem. E, neste segundo mandato estive mais na mídia, por conta de participar do Conselho do Ética: fiz oitivas com testemunhas no caso Eduardo Cunha, fui responsável direto pela cassação e prisão de Eduardo Cunha; fui protagonista em decisões de CPIs. Então as pessoas acompanharam mais o meu trabalho e tive notoriedade.
Além disso, houve a oportunidade de ir para o PSD [deixando o PPS], partido com bancada maior. No Paraná, construí imagem junto com Ratinho Junior, fortalecendo a chapa e ajudando a construir a sua candidatura a governador. Foi um mandato em que construí bons resultados, porque no legislativo o tempo de destinação e liberação de recurso leva mais que um mandato. Consegui entregar obras na UEPG e Santa Casa que são referentes ao primeiro mandato. Tive posicionamento de coerência nas votações, em que tentei representar a vontade do meu eleitor. Demos passos fundamentais para a concretização de alguns projetos de Ponta Grossa, como o aeroporto, que até então era inviável; obtivemos certificação da raça Purunã; viabilizei investimentos importantes em saneamento e educação, desde educação infantil até ensino superior. Sem falar na lei do eixo suspenso, que é de minha autoria e, enfim, passou a vigorar. Tive uma postura de coerência nas votações e combate à corrupção".
Desafio para os deputados no próximo ano
"O desafio de muitos que vão entrar no Congresso será colocar em prática as propostas que foram apresentadas na campanha. Em segundo lugar, independente do presidente que será eleito, teremos uma oposição extremamente radical que estará disposta, não a contrariar as medidas governamentais, mas a derrubar o governo.
Após as eleições, o Brasil vai precisar de uma trégua, mas será que estas duas correntes – PSL e PT – vão conseguir dialogar? Em algum momento o Brasil vai precisar de unidade, precisaremos que o parlamento não seja submisso ao executivo, mas que também não seja destrutivo ao executivo. Após as eleições será momento de nos unirmos para saber como vamos sair de uma crise de 15 milhões de desempregados, como vamos promover uma reforma da previdência que não retire direitos, mas que não quebre o Brasil e para isso executivo e legislativo precisarão se unir".
Apoio no segundo turno das eleições presidenciais
"Meu apoio é para Jair Bolsonaro, porque nunca fiquei em cima do muro. Neste momento acho que a neutralidade ajuda o PT. Fui reeleito pelo combate à corrupção, porque ajudei a tirar o PT do poder e não posso novamente recolocar o partido. No entanto, sou deputado federal, legislador e fiscalizador. Não vou compactuar com excessos e equívoco do Bolsonaro sobre garantia individual, direitos ou princípios constitucionais".
Relacionamento com o governo do estado
"Mudei de partido com o Ratinho pensando no projeto de candidatura. Ajudei a construir o projeto e programa de governo. O Ratinho construiu um projeto independente e foi bem sucedido.Tenho um relacionamento muito bom com o time que ganhou as eleições e quero transformar em algo benéfico para a nossa região".
Projetos para o próximo mandato
"Quero encaminhar a ampliação do aeroporto; defender a cidade com o movimento de igual para igual; investimentos em infraestrutura; viabilização do Contorno Norte, que será muito importante para o terceiro mandato e está atrelada à discussão da administração das rodovias do Paraná. O desafio é ter aqui o atendimento de todas as especialidades médicas, e ainda defender as universidades. Cada cidade tem suas necessidades e precisamos defender as necessidades dos Campos Gerais".
Intenção de disputar o executivo municipal
"Quando finalizou a eleição já vi nomes da política, de pessoas que ganharam e perderam, se colocando candidato na próxima eleição. Acho um desrespeito. Neste momento a palavra é trabalho – é isso que vou fazer pelos votos que recebi antes de falar em próxima eleição".