Um veto do Executivo foi motivo de grande debate entre os vereadores na sessão da Câmara de Ponta Grossa na sessão de segunda. O autor do projeto vetado pelo governo, Felipe Passos (PSDB), acabou travando uma discussão com colegas de parlamento e chegou a ser repreendido por alguns colegas, incluindo o presidente da Casa, Sebastião Mainardes Júnior (DEM), que deu um ‘puxão de orelha’ no vereador tucano.
Ao defender seu projeto, Passos comentou que ao acatar o veto, os vereadores estariam indo contra os deficientes da cidade, posicionamento reprovado por parte boa parte dos vereadores. O vereador Felipe, a quem eu respeito muito, coloca essa Casa em uma situação difícil, tentando constranger a Câmara. Peço que não faça mais isso, afirmou Daniel Milla (PV). Professora Rose (PSB), Pietro Arnaud (Rede) e Ezequiel Bueno (PRB) também repreenderam Passos por seu posicionamento. Felipe Passos chegou a pedir a palavra uma segunda vez, e alegou que teria se sentido ofendido, o que foi negado por Mainardes. Isso não está no regimento. Durante várias sessões se referem a mim e eu tenho de ouvir, não é assim que funciona, disse o presidente da Casa.
O motivo de toda a discussão foi o veto ao projeto de Passos que pedia alterações no cadastro de usuários do transporte público que sofrem algum tipo de deficiência e que desfrutam de gratuidades no sistema de ônibus na cidade. Passos pedia que aqueles que precisassem renovar seu cadastro para continuar desfrutando das isenções, ficassem livres da exigência da apresentação de um laudo médico do sistema público, podendo apresentar um parecer de um médico da rede particular. A alegação é que o usuário que é deficiente permanece muito tempo sem poder renovar seu cadastro no transporte público devido às dificuldades de agendamentos médicos na rede pública.
O Executivo entretanto, entendeu que a iniciativa de alteração não cabe ao Legislativo. O veto foi mantido por 17 votos a 4.