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Verba para o ensino superior crescerá 14% em 2017

O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), João Carlos Gomes, conversou na última semana com a reportagem do Jornal Diário dos Campos e lembrou de ações marcadas pela pasta com relação aos investimentos nas sete universidades estaduais e também na Fundação Araucária ao longo de 2016.

Gomes, que também já foi reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) , nos anos de 1991-1994; 2006-2010 e 2010-2013, elencou repasses da ordem de R$ 10 milhões para a conclusão da biblioteca da instituição, além de R$ 200 mil para a compra de duas vans que irão auxiliar no deslocamento de alunos e profissionais.

Para o próximo ano, o secretário prevê um orçamento da Seti de R$ 3 bilhões para contemplar projetos das universidades, hospitais universitários e pagamento de pessoal. Confira a entrevista.

DC – Secretário, qual a sua avaliação à respeito do desempenho da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia neste ano?

João Carlos

Mesmo com as dificuldades de 2016, nós conseguimos não só manter todos os nossos projetos em andamento como também ampliar os investimentos de programas e projetos nas sete universidades e na Fundação Araucária.  Somente com o Fundo Paraná, nós temos em torno de mil bolsistas e mais de 130 programas que coordenamos em parceria com as universidades. Ou seja, tivemos um ano com resultados bastante positivos.

O orçamento da secretaria deste ano foi de foi de R$ 2,5 bilhões se considerarmos as sete universidades e os quatro hospitais. O Paraná é o estado que, juntamente com São Paulo, mais investe no setor de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do país. Para 2017 temos uma previsão orçamentária de quase R$ 3 bilhões.

DC- O sr. confirma então um aumento do orçamento para o próximo ano?

João Carlos –

Sim, na realidade o orçamento da Seti é o quarto maior orçamento do Estado. A pasta tem uma estrutura muito grande de pessoal, projetos e programas que não permite a redução do orçamento. Nós devemos então ter um aumento de 13% a 14% em 2017, em relação ao orçamento de 2016.

DC – Quais foram os investimentos ao longo de 2016 na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)?

João Carlos –

A UEPG foi contemplada nos últimos meses com a entrega do bloco de Zootecnia. Ela também recebeu a reforma e ampliação em todos os seus blocos, da área central e do Campus de Uvaranas. Também foram realizadas a compra de equipamentos para o curso de Odontologia.

Liberamos na última semana mais R$ 1,5 milhão para a conclusão da nossa biblioteca para a compra de equipamentos mobiliários. A biblioteca deverá estar pronta entre os meses de março e abril e queremos entregá-la mobiliada. Essa é a maior obra da história da universidade que recebeu um investimento de R$ 10 milhões entre a construção e os equipamentos.

Também liberamos R$ 200 mil para a compra de duas vans. Cada uma das universidades será contemplada com dois veículos para atender alunos e professores. Estamos finalizando também a obra da Casa do Estudante Universitário e demais projetos em andamento dentro da UEPG.

DC – E qual a previsão de projetos para a UEPG no próximo ano?

João Carlos –

Para o próximo ano vamos disponibilizar mais recursos para investimentos, através do Fundo Paraná. Todas as prioridades serão definidas em parceria com a reitoria.

DC – Como o secretário avalia as ocupações nas universidades do Paraná em outubro deste ano?

João Carlos –

Nos momentos de tensões sempre existem situações complicadas. É claro que ninguém concorda com algumas atitudes e eu espero que esse exemplo do que aconteceu aqui em Ponta Grossa faça com que com que no futuro não mais aconteça mais, principalmente, em função da normalidade das atividades. A própria reitoria, na época, tomou as medidas necessárias mantendo o diálogo e mostrando as possibilidades de negociação para que o prédio fosse desocupado.

Temos hoje todas as universidades dentro da normalidade e nós esperamos que tudo seja mantido, pois o grande prejudicado é o acadêmico. As ocupações, à exemplo do que aconteceu aqui, extrapolam assuntos que estão ao alcance das instituições em resolver. Todos os investimentos que estamos realizando são em prol dos alunos.

DC – E como o governo do Estado tem resolvido assuntos de negociações com os professores?

João Carlos –

Temos uma relação muito boa com os representantes dos sindicatos, sempre buscando o diálogo. Não temos nenhuma dificuldade. Sempre que somos chamados estamos à disposição para conversar.

É claro que em um momento de dificuldades sempre deve haver um consenso de ambas as partes. Nem sempre conseguimos atender tudo aquilo que é reivindicado, mas procuramos atender dentro das possibilidades. Vivemos um momento muito difícil no país e o Paraná tomou medidas impopulares, digamos assim, mas que permitiram que hoje o Estado tenha uma situação mais tranquila, em relação a todos os outros estados da federação.

O Paraná honra seus compromissos com os servidores. Em 2017 será avaliado permanentemente a situação para discutir novas questões salariais, porém, o compromisso do governador é manter o Estado dentro de uma normalidade.

No entanto, algumas medidas nem sempre agradam a todos. Se analisarmos o que acontece no Brasil, em relação ao Paraná, estamos muito mais tranquilos exatamente porque o governador Beto Richa teve a coragem de tomar as medidas na hora certa, preservando a população e os servidores de viver a crise que enfrentamos hoje em todo o Brasil.

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