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Troca de cheque especial rotativo por parcelado reduz juros em até 76%

Segundo um levantamento feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entre julho de 2018 e setembro deste ano 16,21 milhões de pessoas trocaram o cheque especial rotativo pelo parcelado, com juros muito menores. Só no mês passado, 1,33 milhão de clientes optaram pela mudança. Quem optou pela linha de crédito alternativa obteve uma redução de mais de 76% na taxa de juros pagos pelo crédito: a taxa média do rotativo em setembro foi de 12,31% a.m., enquanto a do parcelado foi de 2,88% a.m.

O saldo da carteira de cheque especial parcelado em setembro chegou a R$ 20,7 bilhões, um aumento de 9,6% em relação a agosto, e de 229,5% em relação à ao mesmo mês do ano passado. É um volume semelhante ao saldo de empréstimos por meio do cheque especial rotativo, que alcançou R$ 22,3 bilhões no mês passado. O levantamento leva em conta os juros cobrados por 12 bancos, que representam cerca de 90% do mercado brasileiro do produto.

“Importante ressaltar que os clientes têm, à disposição, alternativas de custo bem mais baixo, como o crédito consignado, que representa 20% da carteira de crédito dos bancos. O cheque especial, destinado a emergências e por curto prazo de tempo, representa apenas 1,4% do total do crédito concedido pelas instituições bancárias, que têm custos maiores na oferta desse produto”, destaca a Febraban.

Endividamento

O endividamento do consumidor caiu pela primeira vez em 2019. Conforme divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias endividadas no país ficou em 64,7% em outubro deste ano, taxa inferior aos 65,1% de setembro. Essa foi a primeira queda do indicador neste ano, que acumulava nove altas consecutivas na comparação mensal.

Apesar disso, o percentual de inadimplentes, ou seja, de pessoas que têm contas ou dívidas em atraso, aumentou, assim como cresceu a parcela das famílias que não terão condições de pagar suas dívidas. A inadimplência atingiu 24,9% em outubro deste ano, acima dos 24,5% do mês anterior e dos 23,5% de outubro de 2018. Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas chegaram a 10,1%, acima dos 9,6% de setembro e dos 9,9% de outubro.

O cartão de crédito figurou como o principal tipo de dívida do brasileiro, sendo apontado por 78,9% das famílias endividadas. Em seguida, aparecem os carnês (15,5%) e o financiamento de carro (9,5%).

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