Em 2016, a saúde do Paraná terá seu maior orçamento da história R$ 4,5 bilhões com R$ 150,7 milhões do que 2015. Com a ampliação dos recursos no setor, segundo o secretário Michele Caputo, o Estado fará um concurso público para contratação de 2,1 mil profissionais na área. A saúde continua como prioridade no Paraná, diz.
Caputo adianta ainda que mesmo com o atraso e falta de repasses do governo federal ao Paraná, o Estado cumpriu com os compromissos em 2015. Na entrevista a seguir, Caputo Neto fala do combate ao mosquito Aedes aegypti, e do apoio aos hospitais filantrópicos e dos desafios para 2016.
A maior preocupação neste momento é com a dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Como o Governo do Paraná tem trabalhado nesse combate?
Michele Caputo – O Paraná é o único estado que repassa recursos do tesouro estadual para a área da vigilância em saúde, responsável pelo enfrentamento da dengue, zika e chikungunya e o combate ao Aedes aegypti. Através do programa Vigiasus, o Estado destinou recursos para que os municípios pudessem aplicar na vigilância sanitária, responsável pela inspeção de produtos e empresas da saúde, saúde do trabalhador, vigilância epidemiológica, entre outras ações para proteção da saúde dos paranaenses.
Há uma dificuldade no acesso a cirurgias eletivas em todo o País. No Paraná, como está o andamento dos mutirões lançados em setembro?
Michele Caputo – A área de cirurgias eletivas tem gargalos em várias especialidades no país inteiro. No Paraná, o governador Beto Richa liberou, inicialmente, R$ 33 milhões para o mutirão paranaense de cirurgias eletivas. Ainda serão destinados mais R$ 13 milhões. O mutirão começou em setembro de 2015 e tem um ano para ser feito. Normalmente eram feitas em torno de 15 mil cirurgias ao ano e, com o mutirão paranaense, se estimou inicialmente 30 mil procedimentos. Vamos conseguir mais do que isso. A projeção é de 50 mil cirurgias em um ano de mutirão. Não vamos conseguir resolver tudo, mas em algumas possibilidades podemos zerar filas. Como a da oftalmologia, no caso da catarata, é possível reduzir drasticamente.
Os hospitais filantrópicos têm recebido uma atenção especial neste governo?
Michele Caputo – Só o Paraná e São Paulo têm uma política organizada para investir em hospitais filantrópicos. Em cinco anos do programa HospSus, o Estado já colocou R$ 261 milhões para o custeio e R$ 118 milhões em equipamentos e obras nos hospitais. Em quatro anos ampliamos em 50% a oferta de leitos de UTI e, com isso, foi possível ter um impacto positivo na redução da morte materna e infantil. Além dos investimentos nos hospitais, o Paraná está colocando R$ 50 milhões para equipar unidades básicas de saúde. Somente para obras dessas unidades, já foram destinados às prefeituras quase R$ 500 milhões.
Confira a entrevista na íntegra na versão impressa deste sábado.