A partir desta terça-feira (2), quem quiser ser doador de órgãos já pode registrar o desejo no site ou no aplicativo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A medida visa garantir que os parentes e o sistema de saúde tenham conhecimento da decisão do paciente.
Como irá funcionar o sistema de doação?
No Brasil, quem autoriza a doação de órgãos em caso de morte encefálica é a família do paciente. O CNJ enfatiza que isso não vai mudar, porém, o novo sistema tem objetivo de fazer a fila andar mais rápido.
A partir desta terça-feira, quem quiser manifestar a intenção de doação vai poder registrar no aplicativo ou no site www.aedo.org.br
Depois do cadastro, o Sistema Nacional de Transplantes consegue acessar a autorização, que poderá ser apresentada à família do paciente, comprovando a vontade do doador.
Número de transplantes no Brasil
O Brasil é o quarto país do mundo em número absoluto de transplantes. Ainda assim, cerca de 60 mil pessoas aguardam na fila de transplantes para receber algum órgão. A maioria espera por um novo rim, vindo, a seguir, os transplantes de fígado e coração.
No ano passado, de cada 1.000 pessoas que morreram no país, cerca de 14,5% foram potenciais doadores, porque tiveram morte encefálica. Mas somente 2,6% tiveram órgãos captados. A principal barreira existente no país é a recusa familiar. Em 2023, mais de 40% das famílias negaram doar os órgãos do ente falecido.
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