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Rangel prevê 2º mandato ‘com os pés no chão’

Reeleito prefeito de Ponta Grossa com quase 100 mil votos, Marcelo Rangel (PPS) projeta um segundo mandato ‘pé no chão’. O chefe do Executivo adianta que serão necessárias medidas de contenção de gastos, como revisão de contratos e reestruturação de secretarias e departamentos.

Rangel também afirma que a prioridade para o seu segundo mandato devem ser investimentos nas áreas de pavimentação e infraestrutura, entretanto, ‘com responsabilidade’.

Sobre os problemas enfrentados pela Prefeitura de Ponta Grossa, como dificuldades em pagar fornecedores – especificamente a empresa que administra a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Santa Paula – Rangel afirma que é uma situação que toda gestão pública irá enfrentar, no entanto, ele assegura que os atendimentos não serão afetados. O prefeito ainda afirma que não há obras paradas no município e que elas não serão afetadas por qualquer ordem financeira.

Confira trechos da entrevista feita pelo Diário dos Campos.

Divulgação
“Vamos iniciar 2017 com os pés nos chão, com firmeza nos nossos atos, com ações responsáveis para enfrentar essa situação econômica”Legenda

 

Avaliação do primeiro mandato

“Quem faz a avaliação não é próprio prefeito, nem sua equipe, mas o eleitor, a população, através do voto, que avalia se foi produtivo e merece continuar. E estou muito agradecido por essa aprovação, por esse reconhecimento, com votação expressiva, que traz responsabilidades. Com todas as dificuldades políticas e econômicas conseguimos avançar em pontos essenciais na qualidade de vida, nas áreas de educação, da saúde, segurança e infraestrutura, além de geração de empregos e industrialização. Não posso dizer que nota o governo deve receber, acredito que essa nota veio das urnas. Tivemos muitos pontos positivos, e avançamos em vários setores essenciais de atendimento à população, e isso é notório.”

Prioridades para 2º mandato

“A cada avanço que se tem, surgem novos desafios. Se o PIB do município aumenta, precisa de mais planejamento para a cidade, por exemplo. Isto faz parte da gestão pública. Hoje Ponta Grossa tem desafios que antes não existiam, e no futuro terão outras questões. Acredito que o essencial é avançar na mobilidade, na pavimentação dos bairros que ainda não receberam investimentos e que mais precisam. Mas acima de tudo vencer os obstáculos que o País todo enfrenta, o município precisa ter responsabilidade e segurança para que se possa avançar com desenvolvimento sustentável.”

Situação financeira da Prefeitura

“Hoje 66% dos municípios estão com as contas no vermelho e não conseguirão honrar suas responsabilidades com os servidores. É uma situação econômica crônica em todo o Brasil, e Ponta Grossa não é uma ilha isolada dos problemas que encontramos em outros municípios. Mas enfrentamos dificuldades e honramos todos os compromissos. Vamos iniciar 2017 com os pés nos chão, com firmeza nos nossos atos, com ações responsáveis para enfrentar essa situação econômica, que é difícil. Temos uma preocupação porque eu não sei exatamente como estará o futuro do País a partir de 2017. Temos R$ 88 milhões em precatórios, que não é uma dívida que foi contraída na nossa gestão, que precisam ser pagos até 2020. Se não tiver flexibilização dessa dívida, Ponta Grossa certamente terá muitas dificuldades econômicas, por isso tenho que dar passos muito firmes de responsabilidade na contenção de gastos e despesas do município e também de justiça tributária, buscando recursos na dívida ativa.”

Funcionalismo e cargos comissionados

“O tratamento com o funcionalismo sempre foi de respeito e parceria, para dar o melhor para o servidor para dar melhores condições de qualidade de serviço para a população. Vamos manter esse diálogo, manter os salários em dia, sem atrasar sequer um dia, esse vai ser o nosso principal compromisso. Mas também vamos ser extramente transparentes com os servidores quando houver problemas. Tem que ter transparência para dizer para o servidor o que dá e o que não dá para ser feito. Com relação a cargos comissionados, mas também a horas extras, funções gratificadas, tudo isso será reestruturado. É algo que precisa ser feito, porque se 2017 se mantiver como 2016, teremos sim dificuldades. Por isso vamos iniciar o próximo mandato contendo gastos e buscando justiça tributária e fazendo readequações em secretarias e departamentos para que a gente possa ter menores despesas.”

Problemas na UPA e dívidas com fornecedores

“Com toda certeza vai haver revisão de contratos, sim, isso é necessário para a readequação de serviços. Com relação aos atendimentos à saúde, os serviços nunca faltaram, nunca houve falta de atendimento. Agora, discussões de dificuldade de pagamento de determinado serviço, para um ou outro fornecedor, aconteceu e poderá acontecer em momentos de crise. Ninguém, nenhuma prefeitura hoje está distante desse luxo de não passar por uma questão como esta, de não ter nenhum problema com nenhum fornecedor. As dificuldades aparecem, sim, mas não se pode deixar a população desassistida.”

Obras em andamento e Parque de Olarias

“As obras consolidadas estão em andamento e vão continuar, são obras que já contratamos, são parcerias, não serão paralisadas ou afetadas por qualquer tipo de problema de ordem econômica. O Parque de Olarias já teve os seus dois maiores investimentos realizados. Encerrando esta fase inicia-se a construção do espelho d’água e acredito que já no início de 2017 se iniciam estas obras e em seguida ocorre o trabalho de paisagismo. É a nossa maior obra, que vai mudar todo o contexto da cidade, econômico, imobiliário, de lazer, e eu já conversei com o Governo do Estado para que a gente possa ter mais investimentos, para a pista de caminhada, ciclovia e quadras esportivas.”

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