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“Quero colocar as minorias em foco”, diz Maria Aline, candidata a deputada federal

A engenheira eletricista, doutoranda pela Unesp, Maria Aline Gonçalves disputa nas eleições deste ano ao cargo de deputada federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A candidata conta que esta é a primeira vez que disputa uma eleição e até então não era filiada a partido político. 
Ao Diário dos Campos, na série de entrevistas com os candidatos de PG que disputam as eleições, Maria Aline conta que a motivação em disputar o pleito vem da sua experiência de vida, do trabalho na militância pela legalização do uso terapêutico da maconha, e pela luta para igualdade de gênero. "Sou mãe de um menino de 13 anos que é autista, epilético e cego. Ele faz uso medicinal da maconha, através de um óleo produzido pela Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), na Paraíba, que obteve na justiça o direito de cultivar e manipular a maconha (Cannabis sativa) para fins medicinais", explica. Foi pela vivência pessoal que Maria Aline conta que buscou estudar mais sobre as políticas de drogas, participar de debates, marchas da maconha, e passou a defender a legalização para uso medicinal. "O que me motivou à candidatura foi justamente a indignação de ficar apenas a mercê da justiça, do estado no caso dos direitos das pessoas com deficiência. Com as minorias há muita pouca visibilidade", frisa. 
Assim, caso seja eleita, Maria Aline destaca que atuará pela legalização e regulamentação do uso terapêutico e recreativo da maconha, na defesa dos direitos de pessoas com deficiência. "Embora a legislação garanta os direitos, na prática a gente percebe o quanto é difícil usufruir de certos direitos", completa. A candidata ressalta ainda que quer defender a igualdade de gênero, através de projetos que incentivem a inserção de mulheres em áreas de tecnologia e engenharia. "Também precisamos fomentar o apoio à pesquisa e ciência. Hoje os nossos pesquisadores estão saindo do país e as universidades enfrentam um grande sucateamento", frisa. 
Segundo Maria Aline, devido aos poucos recursos para a realização da campanha, o trabalho de divulgação das propostas acontece mais ativamente pela internet. "Propomos o voto pela mudança, contra os políticos de carreiras, e pela maior representatividade de mulheres e mães no Congresso", finaliza. 
 

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