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Quatro municípios respondem por 88,6% dos empregos na região

No mês em que se comemora o Dia do Trabalho (1° de maio) o escritório regional da Secretaria de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social em Ponta Grossa apresenta dados do emprego formal nos Campos Gerais, onde dos 18 municípios atendidos pelo órgão, quatro respondem pela maioria (88,6%) dos postos de trabalho abertos entre fevereiro de 2014 e fevereiro deste ano. Juntos, os quatro somam 6.703 novos empregos dos 7.565 criados regionalmente. A base de dados da secretaria é o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Segundo o levantamento, Ortigueira, com a Klabin em fase de construção, é o município que mais vem empregando trabalhadores. Foram 2.601 vagas abertas no período analisado. Ponta Grossa responde por 1.820 empregos, enquanto Castro por 1.153 e Telêmaco Borba por 1.129.

Para o professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e consultor de empresas, Nelson Canabarro, “esses números mostram que a região como um todo se encontra em uma situação de estagnação da oferta de empregos. Quatorze municípios respondem por somente 12% do saldo de vagas. Os quatro pontos fora da regra da região são cidades industrializadas que vivem um momento diferente e passageiro, que deve permanecer por mais alguns anos em função da geração de empregos indiretos (Ponta Grossa e Castro com as indústrias, Telêmaco e Ortigueira com a Klabin)”.

O estudo da secretaria mostra, ainda, que a Construção Civil é o setor que mais se destaca no período analisado. Na região são 2.825 novos postos de trabalho, representando 39% do saldo total. Neste caso, a profissão de ajudante de obras ocupou 957 vagas, enquanto trabalhadores da construção em diversos segmentos representaram mais 933 empregos.

Para o professor, a construção é um setor flutuante. “No caso de Ortigueira, encerrando-se as obras do Projeto Puma todos esses trabalhadores serão desligados. É preciso esperar pela contratação da Klabin, com número real para poder fazer algumas análises como tipo de emprego, média de salários e origem dos trabalhadores, que provavelmente a maioria será de fora de Ortigueira, o que pode não gerar desenvolvimento social da cidade, que ocorre por conta da renda das pessoas”, observa.

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