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Projeto que determina ensino integral para o fundamental vai à votação

 

Lucio Wolff

O senador Wilson Matos do PSDB é o autor do projeto

 

O projeto do senador Wilson Matos (PSDB/PR) que determina a implementação gradual da educação integral na rede de ensino fundamental do País será votado na próxima terça-feira (02/12). O parecer favorável foi lido pelo relator, senador Cristovam Buarque (PDT/DF), na reunião da Comissão de Educação desta terça (25/11).

“A única razão que eu teria para recusar esse projeto é porque não fui eu que fiz. O projeto do senador Wilson Matos é extremamente oportuno e necessário. Não há dúvidas de que a escola em tempo integral contribuirá para a melhoria do desempenho escolar e da permanência na escola, em especial nos territórios mais vulneráveis, uma vez que a educação em tempo integral propicia melhor aproveitamento do tempo ocioso do aluno, com possibilidade de orientação dos estudos e das tarefas. Ademais, a articulação entre educação, assistência social, cultura e esporte, que poderá ser propiciada pela escola em tempo integral no ensino fundamental, constituir-se-á como uma importante intervenção para a proteção social e a prevenção a situações de violação de direitos da criança”, disse o relator Cristovam Buarque.

O projeto do senador Wilson Matos foi elogiado pelos senadores da Comissão de Educação: “Educação é o caminho da revolução social. Parabenizo o autor e o relator”, disse o senador Cícero Lucena (PSDB/PB).

“Se nós queremos, realmente, um País voltado para a educação, com metas rígidas, temos que ser ousados. Na semana que vem, vamos ter oportunidade de presentear o senador Wilson Matos com a aprovação deste projeto”, destacou o presidente da CE, senador Cyro Miranda (PSDB/GO).

Para o senador Wilson Matos, a aprovação do projeto será fundamental para garantir uma educação de qualidade no País: “Hoje, dos alunos que terminam o 9º ano neste Brasil só 12% dominam as proficiências da matemática e 22% dominam proficiência da língua portuguesa, ou seja, fazendo a média, somente 17% dos alunos que ficam nove anos no ciclo do ensino fundamental passariam para o ano seguinte se tivéssemos um exame que cobrasse o domínio das proficiências. No ensino médio, só 5,2% dos que terminam o ensino médio têm o domínio das proficiências em matemática. De língua portuguesa, 23,3%. Esses dados são retirados das provas do Enem, das provas do Ideb, que o Governo mesmo aplica. Então, 50% dos que chegam ao ensino superior hoje são analfabetos funcionais. Essa é a grave situação. Não vamos conseguir fazer um ensino médio melhor nem uma universidade melhor se não corrigirmos rapidamente essa base que está muito deficitária em nossa Nação. Acho que chegou a hora. Nós só vamos ter uma verdadeira democracia quando todos tiverem direito de acesso a uma escola de qualidade”, declarou Wilson Matos.

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