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Produtora de Carambeí é ‘prata’ no prêmio Sebrae Mulher de Negócios

Ela tem 28 anos, mora em Carambeí, e, mesmo sem nenhuma experiência em negócios, conseguiu reerguer – “por conta própria”, como faz questão de frisar – uma propriedade leiteira com quase R$ 400 mil em dívidas. O trabalho árduo dos últimos quatro anos, que chegou a durar 24 horas do dia, em algumas situações, levou Marlene Aparecida Machado Cruz a ser uma das nove empreendedoras reconhecidas na etapa final do prêmio Sebrae Mulher de Negócios. Ela conquistou o troféu prata na categoria Produtora Rural, durante cerimônia realizada na semana que passou, em Brasília. Foram três vencedoras nacionais no troféu ouro e outras seis agraciadas com prata e bronze, entre 81 finalistas de todos os Estados, divididas nas categorias Microempreendedora Individual (MEI), Pequenos Negócios e Produtora Rural.

“Estou muito feliz, não fazia ideia que ia ganhar, porque tinha grandes mulheres concorrendo. Me dediquei para isso, corri atrás por conta, não esperei, nunca tive apoio”, recorda Marlene.

Quem vê a Chácara São João produzindo 1,5 mil litros de leite de alta qualidade por dia não tem dimensão da situação da propriedade em 2011. Com dívidas acumuladas ao longo de cinco anos, naquela época, o marido de Marlene só via uma solução para a leiteria: cessar a produção e vender os animais, para sanar o que desse com os credores. Desolada, ela resolveu arregaçar as mangas e ouviu dele um “não conte comigo, porque não ajudo em mais nada relacionado à leiteria”, quando pediu permissão para assumir a administração do negócio. Com experiência apenas no cuidado da casa e da filha, hoje com 10 anos, a paranaense de Castro negociou empréstimos, fez mudanças na estrutura da leiteria e no manejo e viu a produtividade quase triplicar.

Para o consultor do Sebrae/PR, Lucas Hahn, coordenador estadual do prêmio, o reconhecimento coloca o Paraná em uma posição de destaque no cenário nacional e torna Marlene um ícone da elite empreendedora feminina. “Ela é extremamente bem-sucedida e muito jovem, ainda tem muito para empreender. A prata não é para qualquer um. Ela é um case de uma das melhoras produtoras, que pode incentivar outras mulheres a se inscrever na próxima edição do prêmio (inscrições começam a partir deste domingo, 8 de março.”

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Marlene Cruz na entrega do prêmio em Brasília

Foto: Divulgação

 

 

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