Câmara autorizou integralização de capital social e recursos serão aplicados em diferentes modos, incluindo, no financiamento de pavimentação
A Câmara de Vereadores de Ponta Grossa aprovou na quarta-feira (20) a transferência de R$ 6 milhões para Companhia Ponta-grossense de Serviços (CPS). A operação financeira se deu por meio de integralização de capital social.
De acordo com a Prefeitura de Ponta Grossa, os recursos serão voltados ao atendimento das suas finalidades legais e em continuidade aos serviços de pavimentação em nossa cidade. Parte da verba será destinada ao programa Asfalto Cidadão, lançado pela CPS, e estimado nos mesmos R$ 6 milhões. A operação financeira, no entanto, permite que os recursos sejam aplicados também em outras ações.
De acordo com um balanço apresentado pela Companhia na argumentação do projeto enviado ao Legislativo, cerca de 12% do capital social da CPS era de inadimplência, valor estimado em pouco mais de R$ 3 milhões. Os números apresentados pela Companhia ainda mostram que o capital social gira em torno de R$ 25 milhões.
Isso mostra que a Prefeitura tem dinheiro para a pavimentação e poderá oferecer o serviço para o cidadão, exaltou o líder do governo no Legislativo, Romualdo Camargo (PSDC). Já Daniel Milla (PV), fez ressalvas à transparência na prestação de contas da CPS. Faço aqui uma crítica construtiva, uma cobrança benéfica, para que a Prefeitura disponibilize no Portal da Transparência, informações sobre a pavimentação no município. Apresente dados do quanto gastou, quanto foi comprado, quantos contratos firmados, o que já foi asfaltado, o que falta. Até mesmo para que o cidadão possa acompanhar o serviço prestado, argumentou.
Asfalto Cidadão
Lançado este ano como principal trunfo para a administração impulsionar a pavimentação em Ponta Grossa, o programa Asfalto Cidadão deve ser um dos alvos do acréscimo de capital autorizado ontem. Pelo programa, o cidadão pode contratar as obras da CPS, pagando o asfalto em até 60 parcelas. Anteriormente, o limite era de 36 meses para pagamento. Os juros, que até então eram de 1,5% ao mês, passam a ser de 1% para os novos contratos, o que permite que a população pague parcelas mensais de R$ 99. Os contratos já firmados tinham parcelas que variavam entre R$ 180 e R$ 250. A Companhia informa que embora o pagamento possa ser feito em 60 meses, as obras têm previsão para serem entregues em até 24 meses.