Mesmo após a doação de terrenos para sete empresas o Parque de Confecções não será concretizado. Essa foi a informação repassada pelo secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, José Loureiro, que anunciou à reportagem do Diário dos Campos que a Prefeitura de Ponta Grossa buscará uma nova destinação à área prevista ao complexo têxtil, situada na Colônia Dona Luíza, na região do Santa Luiza, às margens da Br-376.
Em reunião realizada entre o governo municipal e representantes das indústrias, em novembro de 2018 , segundo o prefeito e então secretário da pasta, Marcelo Rangel, ficou acordado que as obras seriam iniciadas no começo deste ano e a partir do segundo semestre já haveria produção.
Porém, conforme explica Loureiro, devido à falta de movimentação das construções foi dado um prazo para as empresas se manifestarem. “Indicamos que eles nos encaminhassem até a segunda quinzena de março uma carta afirmando o seu interesse ou não em investir no Parque de Confecções. Como não houve uma maioria confirmada vamos discutir junto à Codesi a possibilidade de revogação das leis de doações dos terrenos”, conta o secretário municipal, referindo-se à Comissão de Desenvolvimento Industrial.
O coordenador municipal de Desenvolvimento Industrial, Comercial e Tecnológico, Adilson Strack, conta que apenas uma das indústrias entregou o ofício. “No documento a empresa reafirma seu interesse, mas verbalmente alegou que só faria a instalação se as outras confecções também confirmassem os investimentos”, diz Strack.
Se aprovados pela Comissão, serão criados projetos de revogação da legislação que devem ser aprovados na Câmara dos Vereadores. Segundo Loureiro, na sequência serão buscadas alternativas para a destinação do terreno, que conta com quase sessenta mil metros quadrados. “A definição será feita junto com a sociedade através de entidades como o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG), por exemplo”, garante o secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional.
Projeto antigo
A implantação de um polo de produções têxteis já vinha sendo discutida pelo poder público desde 2011, ainda na gestão do ex-prefeito Pedro Wosgrau. Porém, conforme afirmou a secretaria de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, foi necessário um processo legal de usucapião devido à área não estar em nome do Município.
Após os trâmites legais, foi desenvolvida a documentação para a doação dos 21 lotes do terreno, denominado Parque de Confecções Manoel Machuca Junior através do Decreto nº 14.960, de setembro de 2018. Sete empresas foram confirmadas e totalizariam mais de R$ 2,5 milhões de investimentos e no mínimo 176 vagas de emprego indiretas.
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