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“Precisamos abrir a caixa preta do orçamento”, diz Professor Piva 

Luiz Romeiro Piva nasceu em Tuneiras do Oeste e aos 19 anos mudou-se para Curitiba. Formado em ciências sociais, atualmente mora em Almirante Tamandaré, onde atua como professor no ensino médio. 
Integrante do movimento estudantil e de movimentos populares, foi eleito vereador de Almirante Tamandaré. Também já disputou eleições para prefeito, senador e deputado estadual, mas não obteve êxito. 
É com esta experiência que o Professor Piva (PSOL) disputa as eleições para governador, ao lado da candidata a vice, Fernanda Camargo, também do PSOL, e com apoio do PCB, que integra a coligação. "Estamos com uma chapa bem forte e dando peso à candidatura para deputado federal, com 30 candidatos. O empenho é cumprir a cláusula de barreira e manter nossa representatividade em nível federal", explica, em entrevista ao Diário dos Campos, na série de entrevistas com os postulantes ao Palácio Iguaçu. Professor Piva destaca ainda que entre as prioridades do seu governo, caso seja eleito, estará o corte de privilégios e a diminuição da estrutura administrativa do governo. Confira trechos da entrevista. 

Candidatura 
"Em um partido como o nosso, participar do processo eleitoral não acontece com base em iniciativa pessoal, mas é fruto de um debate coletivo. A ideia era ter alguém que pudesse se apresentar como um representante do povo trabalhador, um representante de uma família que nunca esteve lá, considerando que o Paraná sempre foi governado por famílias ricas e tradicionais". 

Propostas para o estado 
"A gente entende que o estado precisa ter respeito às leis, ao povo, ao serviço público. Queremos que o governador cumpra a lei em favor da maioria do povo, daqueles que batalham, lutam. Porque nos últimos anos as leis só são cumpridas em favor dos grandes políticos; queremos inverter esta norma e fazer com que todo recurso do Paraná seja direcionado para atender a maioria do povo. E, claro, o plano de governo atende todas as áreas do governo, em especial, educação, saúde, segurança pública e agricultura. 
Na educação, queremos reduzir o número de alunos por sala, para que tenham atendimento mais qualificado e os professores tenham condição melhor de trabalho, além de garantir formação continuada, convênio com universidades públicas, equiparação do auxílio-transporte dos funcionários nas escolas com o valor pago aos professores. Precisamos também garantir que a lei do piso e a da hora-atividade seja cumprida, sem deixar de lado a reposição salarial. 
Na saúde, precisamos voltar-se em especial para a atenção básica, procurando qualificar e ajudar as prefeituras a, efetivamente, desenvolver a política de prevenção; garantir que os hospitais regionais do estado funcionem efetivamente, repondo o quadro de servidores que está defasado. 
Precisamos de atenção especial à agricultura, dando condições para o agricultor familiar permanecer no campo, oferecer recursos para que possam criar pequenas cooperativas para atuar na área de oferta de proteína animal, dando condições de comercializar o produto no estado inteiro. E, em relação ao agronegócio, vamos colocar a tecnologia das universidades estaduais, como o manejo integrado de pragas, para tentar diminuir o uso de veneno".

Segurança pública 
"Precisamos uma polícia profissionalizada que proteja as pessoas; temos de tirar o investigador da condição de babá de preso e garantir que vá às ruas. Precisamos recuperar a polícia científica que no governo Beto Richa/Cida/Ratinho Júnior foi completamente sucateada. Em todos os segmentos da polícia temos defasagem de efetivo, bem abaixo que o necessário. Partimos da ideia que segurança pública é um segmento que está completamente equivocado e precisamos rever, inclusive, o fato de não termos uma polícia formada para a guerra, para a proteção da vida humana". 

Infraestrutura
"Queremos eliminar o modelo de pedágio que existe hoje. Entendemos que as estradas não devem servir para dar lucro a meia dúzia de capitalistas. Caso o governo federal faça a delegação das rodovias ao governo do estado, entendemos que devemos manter na perspectiva de um bem público e não para enriquecer pessoas". 

Estrutura de governo
"Queremos diminuir o número de secretarias e, sobretudo, e acabar com os mais de cinco mil cargos de livre provimento, que serve para nomear cabos eleitorais e amigos de políticos. Vamos nomear um secretário e ele poderá nomear alguém da confiança dele para ser assessor pessoal. O restante das equipes será nomeada entre os servidores, acabando com esta farra de cargos sem qualificação técnica nenhuma para o cargo. E, podemos fazer isso de um jeito muito simples: a gente não envolve milhões de reais na nossa campanha, então não estamos amarrados ao poder econômico". 

Orçamento do Paraná 
"Não acredito em uma linha do que o governo fala. Eu como trabalhador, cada vez mais pago mais imposto e o governo vem com conversa que não tem dinheiro para as melhorias que precisamos. Mas tem dinheiro para privilégios de políticos e seus familiares. 
Precisamos abrir esta caixa preta do orçamento para o povo e cortar todos os privilégios. Queremos ampliar as formas de arrecadação acabando com sonegação. Mas, sobretudo garantindo que a sociedade realmente conheça o orçamento do estado, de forma clara e transparente". 

Companhias 
É inaceitável que a água seja mercadoria que sirva para lucro de um grupo. Se possível vamos retomar a parte que foi vendida da Sanepar. Consideramos que Copel e Sanepar são estratégicas para o desenvolvimento do estado e encaramos isso como questão de soberania e importante que se mantenham sob o controle público". 

 

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