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Ponta Grossa perde Mayr Facci, ícone do basquete

Ponta Grossa perdeu ontem o ícone do basquete da cidade, do Estado e do país.  Mayr Facci morreu aos 87 anos durante a manhã, de falência múltipla de órgãos, em casa . O Velório está marcado para hoje, às 8 horas, no Cemitério de Carambeí (PR). Mayr nasceu em São Paulo, mas foi em Ponta Grossa que teve seu auge no basquete.

Conhecido como ‘mão de gato’, defendeu a equipe da cidade e atuou também na seleção brasileira como ala. Aqui no Estado conquistou octacampeonato Paranaense. Com a seleção Brasileira participou de dois Jogos Olímpicos, entre suas conquistas está o bronze nos Jogos Pan-Americanos do México, em 1955, e o vice-campeonato Mundial em 1954, em competição disputada no Brasil.

Também defendeu a camisa-verde amarela na conquista do sexto lugar nos Jogos Olímpicos de Helsinque (Finlândia/1952) e Melbourne (Austrália/1956), além do bronze nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México (México/1955) e da prata no Campeonato Sul-Americano (Uruguai/1953). Mayr marcou 150 pontos em 30 partidas oficiais pelo Brasil. Ele passou pelas equipes de Catanduva, Cruzeiro Cestobol, Eldorado Paranaense, Guarani (Ponta Grossa), Corinthians.

A história desse ícone ponta-grossense é contada em um museu particular, que fica na chácara da família. Esse ano será lançada a sua biografia, que estava sendo escrita pelo jornalista Dias Lopes junto com o ex-jogador. “Mayr é um ícone e referência do basquete por muitos anos, desde a época que o basquete era um grupo de abnegados. Sempre que encontrávamos companheiros que aturam com ele, as pessoas lembravam das peripécias dele dentro de quadra”, comenta Paulo Affonso Moreira, coordenador do NBPG e amigo de Mayr.

Complicações

Mayr começou a ter complicações no último mês, como deficiência circulatória. “Meu pai era um dos últimos remanescentes de uma das gerações mais vitoriosas da Seleção Brasileira de Basquete, até hoje. Perdi meu pai e meu ídolo. Até agora ele vinha construindo sua história, e cabe a nós continuar contando sobre a sua lenda”, disse o filho Marcus Facci.

Desde 2013, quando surgiu o projeto do Novo Basquete Ponta Grossa/CCR Rodonorte,  Mayr se tornou padrinho das equipes de Ponta Grossa.  “Ele é o nosso patrono e esteve sempre presente nessa fase, para nós é uma grande perda. Não vamos ter um substituto para isso”, comenta Paulo.

 

Arquivo Dc

Enterro de Mayr Facci acontece hoje às 8 horas, em Carambeí

“Ele é respeitado porque nunca parou  de ‘bater bola’, se manteve na ativa e se tornou ídolo. Aos 78 anos eu tive a oportunidade e pelo que vi, ele foi um excepcional dentro do esporte. Deixa uma lacuna, que só ele pode preencher, ele será único”, diz Ben Hur Chiconato, técnico de basquete e amigo de Mayr.

 

 

“A gente lamenta a falta que ele vai fazer. Para a juventude ele é um exemplo, ele foi homenageado várias vezes, justamente para que os mais novos que hoje jogam basquete se espelhem nesse grande ídolo”, comentou  Amarildo Ramos da Rosa, presidente da Federação Paranaense de Basquete

 

“É uma grande perda para o basquete brasileiro. Mayr foi um atleta que vestiu e honrou as cores do Brasil com muito orgulho e dedicação. É um atleta que marcou não só a história do basquete como também a dos esportes coletivos. Com certeza deixou sua marca na história do esporte mundial”, disse o presidente da CBB, Carlos Nunes.

 

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