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PG registra mais de mil demissões desde março

A crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus já começou a dar sinais nos níveis de empregabilidade de Ponta Grossa. Apesar de o Ministério do Trabalho afirmar que os dados ainda não estão consolidados, informações repassadas pela Agência do Trabalhador apontam que pelo menos 1.034 trabalhadores da cidade já foram demitidos desde o início do mês de março – número que pode ser maior já que este se refere apenas aos que já tiveram o seu seguro-desemprego liberado.

O mês passado contabilizou 940 autorizações do benefício, 11,7% a mais do que o registrado em março de 2019. Desde 1º de abril, quando os decretos que proíbem a abertura de determinados estabelecimentos já estavam valendo há uma semana e meia, já foram registrados 94 seguros desemprego.

De acordo com informações obtidas pela reportagem do Diário dos Campos, nas agências da Caixa Econômica de Ponta Grossa, de 23 de março – dia em que o comércio fechou as portas – até a última segunda-feira (6), 875 pessoas fizeram o saque do seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) por demissão.

Segundo João Vendelin Kieltyka, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Ponta Grossa, a maioria das empresas do segmento têm optado, por enquanto, alternativas à demissão frente a queda no faturamento. “Há muita procura. Não tenho todos os dados em números porque ainda estamos recebendo as notificações, mas escritórios de contabilidade têm nos mandado muitos pedidos de suspensão contratual e redução de jornada de trabalho e salarial, além de emissão de férias coletivas”, conta ele, referindo-se às opções determinadas pela Medida Provisória 936/2020.

Construção Civil

Por ter sido considerada serviço essencial e não ter a obrigação de parar as suas atividades, a a construção civil foi um dos setores menos afetados na cidade no quesito empregabilidade, segundo informado pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção Civil. “Não tivemos demissões, apenas algumas empresas menores fazendo modificações nos contratos”, disse o presidente Ademir Dias à reportagem do D.

Segundo o setor jurídico do Sindicato, mesmo com uma época de baixa demanda não houve uma movimentação expressiva de diminuição de empregos. “Inicialmente os trabalhadores do grupo de risco foram tirados de campo e tiveram suas férias antecipadas. Poucas empresas buscaram suspender os contratos de todos os trabalhadores, apenas aquelas que trabalhavam como terceirizadas em reformas de fábricas, por exemplo”, declarou a entidade.

 

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