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Pepe Richa fala em R$ 2 bi em obras em execução no Paraná

Mais uma etapa da ampliação da Rodovia do Café, as melhorias da BR-373 para evitar acidentes, as parcerias para a construção do Contorno Norte e os investimentos estaduais foram retratados pelo secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José (Pepe) Richa Richa Filho.

Rodrigo Covolan
Secretário estadual fala dos investimentos nos Campos Gerais

Ele alertou que é preciso despolitizar as discussões em torno dos contratos com as concessionárias de rodovias. Confira na edição deste domingo (19), a entrevista exclusiva com o secretário.

Diário dos Campos – Esta semana foi anunciada a duplicação de mais um trecho da BR-376 (na região de Ortigueira). Qual a importância desta obra e a previsão de conclusão dela?

José Richa Filho – Esta é uma obra estratégica, pois com o início das operações da nova unidade da Klabin, que integra o projeto Puma, haverá um incremento na movimentação de caminhões – saindo de 200 caminhões para mais de 600 caminhões por dia -, que vão afetar diretamente o município de Ortigueira. Este trecho de duplicação, cujo início estava programado para o fim do contrato, para 2020, foi antecipado pensando exatamente nessa demanda urgente. A previsão de que os 5 quilômetros duplicados, com novo viaduto, estejam prontos em 2018. Na mesma região, foi autorizado para outubro o início da duplicação em Imbaú, para também desafogar o fluxo de veículos. Nestas obras serão aplicados R$ 55 milhões.

DC – Há previsão de mais investimentos em infraestrutura para a região dos Campos Gerais?

JRF – O Governo do Estado tem grandes investimentos na região. Um deles é a construção da trincheira do Jardim Los Angeles, em Ponta Grossa. As equipes já iniciaram o trabalho de escavação. Na mesma região, vai concluir ainda neste semestre mais um trecho da duplicação da Rodovia do Café, na saída de Ponta Grossa, cuja obra foi antecipada pelo Governo do Paraná. Há também a conclusão do acesso da Ambev. Na mesma região, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) está recuperando a PR-092, em Wenceslau Braz, que foi destruída por causa das chuvas fortes. As equipes estão refazendo um morro e construindo um novo trecho de rodovia. E na PR-090, na Estrada do Cerne, estamos recompondo a rodovia de saibro, com um novo cascalhamento.

DC – Recentemente a Frente Parlamentar Contra a Renovação dos Contratos de Pedágio afirmou que 60% das obras nos trechos sob contratos com concessionárias ainda não foram iniciados. A secretaria de Infraestrutura e Logística confirma este número?

JRF – Antes de mais nada, acho que esta discussão sobre pedágio precisa ser despolitizada. A discussão política dificulta entender os detalhes técnicos e jurídicos desses contratos de pedágios, que foram alterados pelas gestões anteriores ao do governador Beto Richa. Hoje, o Estado está buscando corrigir as alterações que causaram dano. Além disto, o esforço foi para incluir obras no contrato, evitando que isto provocasse degraus tarifários. Já há acordos firmados, como com a Econorte, em que as concessionárias abriram mão de processos. Mas, o contrato obriga as empresas a executarem as obras que estão no cronograma. Há uma quantidade significativa delas que ficou para os últimos anos da concessão. Esta situação é resultado dos aditivos de 2002 e dos aditivos de 2004. As empresas terão que cumprir esses cronogramas de obras. Dentro do possível, o Estado tem antecipado as obras, como acontece na duplicação da Rodovia do Café. Em outros, o Estado está pedindo a antecipação dos projetos, buscando agilizar o processo. Este mesmo contrato que impede o Estado de alterara o cronograma, define multas contra as concessionárias caso elas não cumpra o cronograma. Neste ano já foram mais de 39,5 mil notificações e este número tende a aumentar.

DC – O governo do Paraná informou que em 2016 mais de R$ 8 bilhões em investimentos seriam feitos no Estado. Deste montante, quanto já foi aplicado em obras e quais as previsões de investimentos para este setor?

JRF – Atualmente, temos em obras rodoviárias e obras públicas, quase R$ 2 bilhões aplicados em ações em andamento no Estado. São obras de construção de hospitais, como em Guarapuava, e também obras de pavimentação de novas rodovias. Há também investimentos na modernização dos portos, que somam R$ 500 milhões. Também estão sendo investidos R$ 250 milhões na manutenção rodoviária. E no segundo semestre lançaremos a licitação de um novo plano de conservação rodoviária, cujos investimentos somam R$ 1 bilhão. O Estado não tem parado de investir. Além dos investimentos na Secretaria da Infraestrutura, há outros aportes feitos pela Copel, Sanepar e Cohapar.

DC – Uma das reivindicações em Ponta Grossa são obras de melhoria do trecho urbano da BR-373, a Avenida Souza Naves. Houve um pedido no ano passado para que obras fossem realizadas naquele trecho, existe previsão para que estas reivindicações sejam atendidas?

JRF – O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) tem participado das discussões por melhorias neste trecho da rodovia, hoje sob concessão da RodoNorte. O Estado tem feito a sua parte, aprovando recentemente o projeto de um retorno e a construção de defensas metálicas na parte de baixo da passarela. Outro pedido atendido pelo DER-PR é a construção de lombadas físicas, que vão ajudar na redução de velocidade. Estas melhorias viárias serão executadas pela concessionária e a prefeitura, que estão definindo seus cronogramas.

DC – Outra questão envolvendo Ponta Grossa e a região dos Campos Gerais é a execução do Contorno Norte. Atualmente, qual é o estágio desta discussão no governo do Estado e também junto ao governo federal?

JRF – Houve uma discussão sobre o Contorno Norte provocada pelo governo federal, que previa a participação da concessionária Rodonorte nesta obra. O Governo federal se comprometeu em fazer um estudo mais aprofundado para ver qual é a melhor solução para este contorno, tendo em vista que as rodovias no entorno da cidade são federais. Com as mudanças na gestão, o Estado pretende retomar este diálogo para viabilizar este contorno. O Estado também tem seus estudos, mas uma parceria seria interessante, em função do custo desta obra, que implica em grande desapropriação.

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