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Pauliki estipula metas ambiciosas para 2018

 

Arquivo DC
Deputado Marcio Pauliki diz que 2018 trará as verdadeiras mudanças políticas para o País

 

O deputado estadual Marcio Pauliki (PDT) foi um dos nomes inicialmente cotados para a disputa pela Prefeitura de Ponta Grossa neste ano. Mas optou por permanecer na Assembleia Legislativa do Paraná, e comemora algumas conquistas como a criação da Nota Fiscal Solidária, em benefício a entidades assistenciais. Além de ampliar o alcance desse Programa, ele planeja apoiar Osmar Dias em uma possível candidatura ao Governo do Paraná em 2018. Ao mesmo tempo, Pauliki pretende lançar sua candidatura a deputado federal. Para os próximos anos, não descarta a possibilidade de buscar vaga no Congresso, se candidatar novamente a prefeito de Ponta Grossa e, até, governador do Estado. Confira suas impressões sobre o ano que passou e o que está por vir nesta entrevista exclusiva ao DC:

 

Na sua opinião, por que 2016 foi um ano de tantas denúncias de corrupção? O que leva os representantes do povo a se tornarem corruptos?

Acredito que a política tem que ficar cada vez menos na mão de políticos e mais na mão de gestores. O que esse ano demonstrou foi que a corrupção e os malfeitos são, muitas vezes, relacionados com “políticos profissionais”, aqueles que vivem da política. E acho que o País merece uma renovação que deve partir daqueles que hoje não dependem da política, que podem fazer dela um complemento daquilo que já fazem pela sociedade como empresários, profissionais liberais e tantos outros que poderiam estar na política. Espero que toda essa crise que está acontecendo possa incentivar pessoas de bem a entrar na política, mas sei que também pode acontecer o contrário. Muitos acabam não se motivando para isso, e aí pode ser pior. Torço para que seja o início de uma revolução a favor da entrada de gente nova, para uma renovação que traga aqueles que não dependam da política em todos os sentidos.

 

O que a população pode esperar de 2017?

Olha, acho que só em 2018 veremos luz no fim do túnel. Acredito que 2017 ainda é um ano de reconstrução de uma política econômica mais sadia, e também de uma política [pública] mais voltada para as pessoas. E, e em 2018, vamos colher os frutos dessa reconstrução. Acredito que pode ser melhor que 2016, mas melhoria mesmo só teremos no segundo semestre de 2017. Apesar disso, acho que há males que vêm para o bem. A impopularidade do presidente Michel Temer faz com que ele não tenha que ficar agradando, porque ele não veio em busca de popularidade para se reeleger. Ele pegou um governo aos frangalhos, e precisa fazer lições de casa para voltar a ter perspectiva econômica positiva. E isso está sendo feito, a princípio, com a reforma previdenciária, por meio da aprovação do teto das despesas, que é algo muito importante. Não se pode gastar mais do que se arrecada, e esperamos uma reforma trabalhista e reforma fiscal que façam o que tem que ser feito. Neste momento, é importante fazer o Brasil voltar a um rumo de crescimento, e é preciso tomar essas medidas, porque ninguém faz um omelete sem quebrar os ovos.

 

Por que acha que a melhoria só vem em 2018?

Mais do que nunca, era momento de uma redução drástica nos juros para voltar ao consumo. Mas, pelo que estamos vendo, o Banco Central vai querer reduzir de forma lenta e gradual de 0,25% ao mês até o máximo de 1,5% ao mês em um ano. E, mesmo assim, ainda teremos uma das mais altas taxas de juros. A expectativa é que, em 2018, as taxas fiquem abaixo dos 10% ao ano. Muitas empresas ainda vão sofrer com a falta de crédito. Mas crise é como geada: mata a “bicheira” e cresce capim novo… Com inovação, fazendo a lição de casa, as empresas vão se recuperar. Falo em empresas porque as micro, pequenas, médias e grandes empresas é que fazem o País crescer, porque geram emprego e permitem as conquistas pessoais e profissionais. E isso, só no último trimestre de 2017 poderemos ver. Ainda teremos aumento no desemprego, mas a partir de setembro do ano que vem vejo as famílias saindo do endividamento.

 

Seu nome chegou a ser cogitado para disputar as eleições municipais de Ponta Grossa. Por que essa não foi uma escolha?

Sou contra o abandono de mandato pela metade. Fui eleito para seguir o mandato até o fim e, em respeito aos eleitores, decidi continuar na função de deputado. Eu também tenho vontade de ser prefeito, e acho que um dia serei, mas tenho outros objetivos. Primeiro pretendo chegar ao Congresso Nacional e atuar, ainda, como deputado federal. Neste [novo] ano, o projeto é participar do plano de Governo, ao lado de Osmar Dias, que é nosso candidato a governador do Paraná. Minha ideia é ser candidato e eleito deputado federal em 2018. E, depois, vamos ver o que pode acontecer. Vai depender do cenário político. O que importa é estar onde eu possa ser mais útil à sociedade. Há um desejo muito grande de, um dia, ser governador do Estado. Seria uma grande oportunidade para que a região dos Campos Gerais pudesse ter um governador. Todos têm que pensar grande, porque a região dos Campos Gerais é uma das maiores regiões do Estado e uma das que mais arrecadam impostos.

 

Como deputado, de que forma pretende auxiliar a região de Ponta Grossa, tendo em vista os cortes em todas as esferas do governo?

Diferentemente dos deputados federais, que têm emendas impositivas, os estaduais conseguem muito mais coisas a partir de relacionamento político e técnico. Eu, por dois anos, fiz um trabalho técnico muito forte e fiz um pedido ao Governo do Estado, pela criação da Nota Solidária. Assim, as notas sem registro de CPF podem ser doadas a entidades, que atualmente estão enfrentando atrasos de verbas de prefeituras. O Governo do Estado atendeu nosso pedido neste ano com a criação da Nota Solidária, permitindo a doação de parte do imposto de consumidores que não colocam CPF na nota. Essa foi minha grande conquista, que já resultou em R$ 6 milhões transferidos a instituições. No ano que vem pretendo viajar o ano todo, incentivando consumidores, e quero chegar à obtenção de R$ 30 milhões às entidades. Com isso, meu mandato estará valendo a pena. Em Ponta Grossa também tenho um trabalho forte pela urbanização da Avenida Souza Naves e pela oncologia pediátrica. Tenho trabalhado junto ao Hospital Erasto Gaertner, para criar uma extensão de seu atendimento em Ponta Grossa. É algo que venho chamando de “Erastinho”. Ainda tenho emendas para 42 cidades, no valor de R$ 8 milhões para serem documentadas até o final de fevereiro, em áreas como saúde e pavimentação, além de manter a busca por indústrias a serem instaladas na região.

De que forma trabalhar pelo incremento na indústria e comércio, apesar da crise financeira?

Dentro de minhas emendas, uma delas é o Programa Municipal de Atração de Investimentos, o PMAI. Por meio do Programa, a Agência Paraná de Desenvolvimento faz a coleta de informações e elabora uma espécie de dossiê das cidade, apontando quais os investimentos ideais para a localidade. A pesquisa leva em conta os diferenciais que a região tem. Com base nisso, vamos direto às indústrias apresentando os resultados e convidando à sua instalação. No começo do ano também estamos elaborando com a Secretaria de Fazenda o novo Paraná Competitivo que, além de incentivos fiscais a indústrias (como Ambev e Paccar, no caso de Ponta Grossa), irá atender o comércio e prestadores de serviço, atrelando parcialmente o Programa à capacidade de criação de empregos.

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