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Paraná é destaque no estudo da neurociência aplicada à educação

A Secretaria de Estado da Educação iniciou nesta terça-feira (23), em Curitiba, a segunda edição do Simpósio de Neurociência Aplicada à Educação Especial. Durante três dias, profissionais que atuam no ensino regular e nos serviços de apoio especializado vão trabalhar temáticas e práticas pedagógicas relacionadas à aplicação da neurociência na educação especial.

Mais de 450 profissionais vão participar dos estudos com conteúdo teórico e prático durante o simpósio, que terá duração de 24 horas e que serão somadas ao plano de carreira dos servidores. A formação foi elabora pela Secretaria da Educação para fortalecer o trabalho colaborativo entre a rede estadual e municipal de ensino e aprofundar a formação desses profissionais sobre as contribuições da neurociência na educação.

A chefe do Departamento de Educação Especial da secretaria, Siana do Carmo Bueno, destacou que o estudo contínuo das temáticas relacionadas à neociência na educação especial contribui para que os professores desenvolvam novas técnicas que atendam às necessidades individuais de cada aluno. “Esse aprofundamento da neurociência na educação está acontecendo em todo o mundo e o Estado do Paraná se destaca na priorização desses estudos. É uma ciência interdisciplinar que ajuda a compreender todas as outras ciências, inclusive a educação”, disse.

“Para nós, que atuamos na educação especial, é importante porque o professor, conhecendo o funcionamento do cérebro, terá mais condições para elaborar novas técnicas em sua prática pedagógica, que atendam as especificidades de cada estudante”, acrescentou Siana.

Objetivo

A formação tem como objetivo aprofundar os estudos sobre cognição, aprendizagem e o desenvolvimento humano; discussão dos mecanismos cerebrais para a aquisição dos conteúdos previstos na escolarização, planejamento de ações pedagógicas envolvendo o trabalho colaborativo e a elaboração do plano de atendimento especializado, de acordo com a especificidade de cada estudante.

“Não se trata de trazer uma nova concepção à educação, mas aprofundar os conhecimentos da neurociência porque, a partir do momento em que o professor conhece como funciona o sistema nervoso e o funcionamento do cérebro, fica mais fácil para ele elaborar técnicas pedagógicas estratégicas para seus estudantes, além de melhorar a compreensão das teorias da educação”, afirmou a chefe da Educação Especial da Secretaria Estadual.

Atendimento de qualidade

Durante três dias, os profissionais vão participar de oficinas e palestras relacionadas à Neurociência e cognição; Neurociência e memória; Neurociência e emoção; Neurociência e atenção; Neurociência e linguagem; Neurociências e tecnologia assistiva; Neurociência e aprendizagem do estudante da educação especial e Plasticidade cerebral.

A professora Jaqueline Bensi Siqueira trabalha com alunos com distúrbio de aprendizagem, deficiência intelectual e transtorno global do desenvolvimento em escolas de Curitiba.

Segundo ela, os conteúdos discutidos na formação vão ampliar as possibilidades pedagógicas do ensino especializado individual. “Como esse atendimento é individual e diante das especificidades de cada aluno, o cérebro é o nosso principal desafio, porque precisamos trabalhar para que o aluno evolua e consiga desenvolver suas capacidades intelectuais. É por isso esse tipo de formação é essencial para nosso trabalho”, disse.

A professora Andrea Aparecida de Oliveira Distefano, do Colégio Estadual Rodrigues Alves, em Jaguariaíva, nos Campos Gerais, destacou a importância da formação para o trabalho desenvolvido na educação especial. “A área das altas habilidades é relativamente nova no campo da educação, por isso esse tipo de formação é fundamental para ampliar os conhecimentos sobre práticas pedagógicas que atendam às necessidades dos alunos”, afirmou.

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