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Oriente Médio atrai atenção de empresários

 

As oportunidades de negócios e estratégias para atuação no mercado do Oriente Médio foram apresentadas nesta quinta-feira (10/11) para 375 empresas brasileiras dos setores de moda, casa e construção, alimentos, bebidas e agronegócios, e máquinas e equipamentos. Foi durante o Seminário Mercado Foco Oriente Médio, realizado em São Paulo pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB). Além dos 75 empresários presentes ao Seminário, outros 300 de várias partes do país participaram via webcasting.

O Oriente Médio é uma região estratégica para a internacionalização das empresas brasileiras. Em 2010, passou da sétima para a quinta posição entre os maiores parceiros comerciais do Brasil, com uma participação de 5,2% (US$ 10,5 bilhões) nas exportações brasileiras. Do total, 75% das vendas foram para Arábia Saudita, Irã e Emirados Árabes Unidos. Somente a Arábia Saudita concentrou 30% das exportações brasileiras para o Oriente Médio nos últimos 30 anos.  O seminário abordou os mercados da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes, do Irã, de Israel, do Kuwait e do Catar.

“O objetivo do Seminário Mercado Foco é fornecer subsídios importantes para a tomada de decisão da empresa por meio dos diversos serviços e produtos de que a Apex-Brasil dispõe para apoiar os empresários que querem se instalar, consolidar ou ampliar negócios no mercado árabe”, explicou o coordenador da Unidade de Desenvolvimento de Novos Produtos da Apex-Brasil, Juarez Leal, que abriu o evento falando sobre como acessar o mercado do Oriente Médio e sobre as oportunidades de negócios.

Segundo ele, os dados levantados pela Apex-Brasil mostraram que as exportações brasileiras para o Oriente Médio devem manter um ritmo crescente entre 2011 e 2014, quando a taxa de crescimento deverá chegar a 22 %. 

Centro de Negócios Apex-Brasil em Dubai

O gerente do Centro de Negócios da Apex-Brasil em Dubai, Sidney Costa, apresentou a estrutura do escritório, que oferece serviços de inteligência comercial, apoio ao estabelecimento local e à promoção comercial, incluindo identificação de soluções de financiamento e de investimento, além de apoio nas relações institucionais e governamentais.  “Há uma alta concentração de renda na região, com vários nichos de oportunidade, com destaque para produtos da linha premium, como os alimentos halal e orgânicos e os cosméticos com produção halal”, disse, destacando também os diversos projetos imobiliários tanto da iniciativa privada quanto governamental em países da região.

Halal é um termo que significa lícito, conforme as leis islâmicas, e é aplicado a alimentos e comportamento. No caso dos alimentos, há uma série de normas a serem seguidas para que o alimento seja halal, especialmente os de origem animal.

O secretário geral e diretor de Comércio Exterior da CCAB, Michel Alaby, falou sobre como negociar nos mercados árabes, ressaltando a importância da sensibilidade para as questões culturais. “O árabe gosta muito do contato pessoal, do relacionamento para estabelecer confiança, e as missões são oportunidades ímpares para os negócios”, comentou. “O Brasil tem uma grande empatia com os árabes, pois temos uma comunidade de 12 milhões de árabes e descendentes vivendo no país, e isso, com certeza, facilita os negócios”, completou.

Os participantes do Seminário também ouviram depoimentos de dois empresários bem sucedidos na região: Damaris Costa, da Braseco, e Frederico Marchiori, da Queiroz Galvão. Eles relataram suas experiências e deram orientações sobre como atuar naquele mercado.

Ao longo do dia, as empresas receberam atendimento individual da equipe técnica da Apex-Brasil e da CCAB, esclarecendo dúvidas e avaliando opções de negócios para seus produtos. Também tiveram a oportunidade de se inscrever para participar da Feira Big 5, marcada para 21 a 24 de novembro de 2011, em Dubai, e para a Missão Empresarial do Brasil ao Oriente Médio (Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos), que será liderada pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, entre 12 e 16 de fevereiro de 2012. Nas próximas semanas, haverá chats para os participantes inscritos tirarem dúvidas e apresentarem novas perguntas.

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