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O caminho para as grandes ligas

Ausentes do cenário nacional nos esportes coletivos, times de Ponta Grossa terão de demonstrar força dentro e fora de quadra para conquistar o sonho de estar entre os melhores


Rodrigo Covolan
Privilegiada. Siboney Pedroso comandou o Ponta Lagoa em 2000, última participação de PG em Liga Nacional.

 

No fim deste ano, Ponta Grossa irá completar 13 anos sem nenhuma equipe nas grandes ligas do Brasil. E de lá para cá, o momento para o sonho de recolocar o município no mapa do esporte brasileiro voltar a virar realidade nunca esteve tão possível. Hoje, o Keima Futsal – que representa o município na Chave Ouro do Campeonato Paranaense – possui um investimento salarial igual ou até mesmo superior a algumas equipes da Liga Nacional; quem também investe na melhoria de sua estrutura é o Novo Basquete Ponta Grossa (NBPG), que agora conta com apoio de patrocinadores importantes no cenário estadual.

Mas o caminho para se chegar às principais ligas do país é tortuoso, e muitas vezes não envolve apenas os resultados dentro de quadra. Liga Futsal, Novo Basquete Brasil (NBB) e Superliga de Vôlei já adotam sistemas de franquias ou convites em suas competições, o que nem sempre leva os títulos estaduais e regionais conquistados pelos clubes em consideração. “Disputar uma liga nacional é o ápice de uma escada com vários degraus, que precisam ser percorridos com muito cuidado”, ressalta Siboney Pedroso, técnica da última equipe ponta-grossense presente em uma liga nacional: a de basquete feminino, com o Ponta Lagoa, em 2000.

E justamente no basquete feminino, onde não há um alto número de equipes profissionais no país, o caminho para se chegar a Liga Nacional – hoje chamada de Liga de Basquete Feminino – seja o menos complicado: por isso, já se negocia a possibilidade do vencedor do Campeonato Sul-Brasileiro, marcado para o mês que vem em Ponta Grossa, ser indicado à LBF. “Entendo que no nível estadual estamos bem sim, mas precisamos evoluir muito para chegar na Liga com condições de fazer um bom papel”, alerta Siboney, atualmente coordenadora técnica da equipe feminina do NBPG.

Exigências

Mesmo no caso das ligas que já possuem um sistema de acesso (confira quadros ao lado), a vaga entre os melhores do Brasil obtida nas divisões inferiores não significa presença garantida nas competições. No caso do NBB, que é administrado pela Liga Nacional de Basquete (LNB), a entidade faz uma avaliação detalhada de seus filiados. “A LNB avalia o elenco da equipe para saber se será competitivo ou não. Faz vistoria no ginásio da equipe para ver se ele terá condições de receber partidas, e também avalia os contratos de patrocínio da equipe para saber se ele poderá se manter ativa”, explica a assessoria de imprensa da Liga.

No caso da Liga Futsal, o problema não é o rigor nas exigências estruturais e econômicas, mas correr em busca de um dos 20 franqueados que tem vaga no torneio. “Hoje, a Liga é composta por 20 franqueados. O interessado tem que entrar em contato com alguns dos franqueados, para tentar negociar diretamente com eles”, ressalta Renan Tavares, presidente do Comitê da Liga Futsal. Com isso, a busca por parcerias com donos de franquias é praticamente uma ‘corrida do ouro’ em cada temporada.

Castro vive expectativa com Superliga B

Dono de uma das vagas na Superliga B de Vôlei, o agente e ex-jogador Carlos Toaldo está perto de assinar uma parceria com o município de Castro, e assim colocar a cidade vizinha na segunda divisão do vôlei brasileiro em 2014. “Temos o objetivo de colocar Castro no mapa do esporte nacional, e a vaga na Superliga será o início de um projeto ambicioso da cidade”, enfatiza Antenor Telles, secretário de esporte do município. Através do Caramuru, clube que já foi tradicional no futebol de campo, a cidade-mãe vive a expectativa de ter um time entre os melhores do Brasil.

“O prefeito [Reinaldo Cardoso] já nos deu o sinal verde para avançar com as negociações, e o Toaldo deve vir à Castro para assinar o contrato nos próximos dias”, disse Telles, que aposta no envolvimento da comunidade com o projeto para uma caminhada de sucesso na Superliga. “A população tem um carinho muito grande com o Caramuru e aprovou a ideia não só no futsal, mas no vôlei e nos demais esportes também. Temos que aproveitar este bom momento do município”, completa o secretário.

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