Deputado federal pela Rede e pré-candidato à prefeitura de Ponta Grossa, Aliel Machado afirmou que está disposto a entrar na disputa pelo Executivo da cidade. O parlamentar afirma que não teme as críticas e que irá enfrentar o debate.
Com apoio do PMDB e PT, Aliel minimiza o desgastes das duas legendas alvos de denúncias no âmbito federal e afirma que a eleição deste ano deve focar o aspecto local. O deputado ainda alega que parte das críticas direcionadas a ele se tratam de ataques infundados e focados no ódio.
O deputado federal ainda se coloca como uma alternativa viável à prefeitura, vê o terceiro concorrente da disputa o vereador Julio Küller (PMB) como uma continuidade do projeto político de Marcelo Rangel (PPS) e analisa a atual gestão do município como afundada em uma grande crise. Confira trechos da entrevista exclusiva.
Críticas de opositores
É muito ruim quando se tenta desconstruir alguém com mentiras, e pior, com ódio. Se fosse de interesse pessoal, continuaria como deputado, não tenho medo de críticas. Mas acredito que uma campanha tem que ser focada no debate, no campo de ideias. É claro que ninguém é perfeito, mas as discussões precisam ser propositivas, não com mentiras, ataques infundados.
Alianças com PT e PMDB
Não temos uma concentração muito grande de partidos, não estamos fazendo amarras políticas, fizemos conversas com lideranças municipais e regionais. A discussão precisa ser focada fora de Brasília, concentrada em Ponta Grossa, focando a cidade que moramos. As pessoas falam do PT, mas em Ponta Grossa é um partido com pessoas ligadas à Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que disputou as últimas eleições municipais e quase venceu com o deputado estadual Péricles de Mello. O PMDB estadual é de oposição à política adotada pelo presidente interino Michel Temer. É preciso colocar a cidade acima dos interesses políticos, valorizar as pessoas que contribuem para o município. E uma eleição passa pelo momento de fazer alianças que não firam princípios, com transparência, sem prejuízos, trocas de cargos, interesses escusos.
Por que se candidatar?
Quem ocupa uma liderança não pode fugir do debate. Se escolhi ser candidato é porque acredito em um projeto de alternativa à crise. Acidade não pode ficar à mercê de grupos com interesses políticos e financeiros. Aceitei o desafio porque amo viver aqui, é a cidade onde meu filho mora, minha família vive e porque acredito que é um projeto possível de ser realizado. Tudo é questão de momento e só o fato de ser candidato me deixa feliz. E a crise, moral, financeira, política é o momento de se superar, trazer alternativas. Ponta Grossa é uma cidade com potencial imenso de crescimento, mas é preciso que ele chegue para todos, não apenas para um pequeno grupo. Tenho experiência de vida e sei o que a cidade precisa.
Opositores
A atual administração paga pelos próprios erros. Está afundada em uma grande crise não só econômica, mas também moral e ética. É preciso uma alternativa viável a isso. Já o vereador (Julio Küller, do PMB) é uma continuidade do que está agora, já que representa o mesmo grupo político do prefeito. Quanto mais posicionamentos diferentes, melhor, enriquece o debate. É a hora de ver quem tem coragem, liberdade e condições para tomar atitudes de gestor em momentos de crise, entender o que é prioridade para cidade.
Mandato de deputado
Me sinto feliz com meu mandato de deputado, contemplamos o Ponta Grossa e a região dos Campos Gerais, sem o alarde e a propaganda de meus concorrentes. Trouxemos recursos, emendas, que, independente do resultado das eleições, estão asseguradas, pois têm o empenho assegurado. Sempre fiquei os dias necessários em Brasília para cumprir com meu papel de deputado, mas o que gosto é de estar aqui em Ponta Grossa, com a minha gente, ouvir as pessoas.