Representantes das associações regionais dos municípios do Paraná, que se reuniram ontem na sede da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), e a diretoria da entidade aprovaram indicativo de paralisação do transporte escolar dos mais de 177 mil alunos que usam o serviço no Estado -ou seja, irão paralisar o serviço por um dia. Os prefeitos também aprovaram o ingresso de uma ação judicial contra o governo do Paraná para exigir o repasse integral dos valores gastos pelas prefeituras com o serviço. As datas da suspensão do serviço e do ingresso da ação não foram definidas. Ainda nesta terça-feira, o governador Beto Richa (PSDB) reiterou o compromisso de repassar R$ 80 milhões para custear o transporte. O serviço, entretanto, custa R$ 120 milhões aos municípios.
O presidente da AMP e prefeito de Piraquara, Gabriel Samaha, o Gabão (PPS) explica, entretanto, que antes de definir as datas para ingresso com a ação e para a suspensão do transporte, os prefeitos pretendem conversar com o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Flávio Arns (PSDB), para definir as datas e os critérios para o repasse dos R$ 80 milhões. Este debate deve ser travado na próxima reunião do Comitê Estadual do Transporte Escolar, ainda sem data definida.
O diálogo é também a via defendida pelo vice-governador Arns, conforme o próprio destacou em entrevista ao DC na semana que passou. Conforme Arns, ainda nesta semana os municípios devem começar a receber os termos de adesão, agilizando os pagamentos. Ainda de acordo com o secretário, para as prefeituras que demandam mais recursos, os valores serão pagos em quatro parcelas (abril, junho, agosto e outubro), enquanto aquelas que recebem valores menores, irão obter os recursos em apenas uma parcela. Mais informações na edição impressa do DC desta quinta-feira.