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Mudança de hábito é arma para redução do consumo de água

É possível reduzir o consumo de água? Com base nesta pergunta o Diário dos Campos iniciou no dia 15 de março uma série de reportagem sobre este bem natural tão precioso em toda a terra. As respostas vieram de quem mais consome água: agricultura e pecuária, indústria e população. No primeiro caso, especialistas afirmam que o consumo de água doce chega a 72% (média mundial), no segundo entre 18% e 20% e no terceiro a 10%.

Em todos os casos se observa que investimentos em tecnologia e mudanças simples de hábito podem evitar o desperdício, mas em todos também se faz necessário mais políticas públicas como forma de incentivar as classes consumidoras. Para fechar a série de reportagens, o DC traz neste domingo uma entrevista com o vice-presidente da Regional Campos Gerais do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi) Paraná, Carlos Ribas Tavarnaro. Para ele, a conscientização da população é uma ferramenta de grande importância, bem como a adoção de práticas como a utilização da água das chuvas, medida que vem sendo adotada por moradores tanto de casas quanto de edifícios. Confira a entrevista com o vice-presidente.

DC- O que os imóveis residenciais e comerciais podem fazer para economizar água?

Carlos – Além da verificação constante sobre a ocorrência de vazamentos em torneiras e vasos sanitários, tanto em casas como em condomínios, muitos hábitos devem ser mudados a fim de reduzir o desperdício de água, como por exemplo: escovar os dentes com a torneira fechada, e só abrir para enxaguar a boca, ensaboar-se no banho com o chuveiro fechado, e só tornar a abrir para retirar a espuma, na lavagem de louça a mesma coisa, e quem mora em casa tem que prestar atenção ainda na limpeza da calçada e veículos, além da rega das plantas.

DC- Como os moradores dos prédios residenciais e também das casas poderiam ser incentivados para reduzir o consumo?

Carlos – Principalmente com a conscientização, através de avisos, lembretes, campanhas, etc. Os condomínios mais novos já foram construídos com hidrômetros individuais, o que leva o morador que consome mais a gastar mais, já nos antigos essa aplicação não é possível, aí a conscientização se torna mais importante.

DC- Todos os prédios têm hidrômetros individualizados? A individualização leva a economia?

Carlos – Condomínios com idade superior a dez anos não estão preparados para receber hidrômetros individualizados, e essa alteração é muito custosa, praticamente inviável. É uma pena, pois sempre que o consumidor sente no bolso, a diminuição do desperdício chega mais rápido.

DC- Os imóveis que estão sendo construídos hoje são pensados para economia de água?

Carlos – Sim, além dos hidrômetros individualizados, em muitas cidades, como Curitiba, já é exigida a captação de água das chuvas para reuso, em jardins e vasos sanitários. Certamente é uma providência que veio para ficar.

DC- Os imóveis comerciais têm condições de reduzir o consumo?

Carlos – O consumo de água nos imóveis comerciais é muito baixo, normalmente ficam dentro do “consumo mínimo” aplicado pela Sanepar, salvo em operações do ramo de alimentos ou outras que utilizem a água como meio para a elaboração dos produtos. Na indústria muito já se vê no sentido de aproveitar o máximo possível o ciclo da água dentro da empresa, estão bastante avançados.

DC- O Secovi tem alguma ação (palestra, etc) ou programa sobre o consumo de água?

Carlos – Periodicamente fazemos campanhas de incentivo a economia de água, nossas ações são sempre voltadas para a conscientização e mudança de hábito dos usuários.

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