Centenas de manifestantes se reuniram no fim da tarde desta terça-feira (3), no Centro de Ponta Grossa para um ato público com objetivo de sensibilizar o Superior Tribunal de Justiça (STF) para que rejeite os pedidos de habeas corpus apontados pela Operação Lava Jato.
De acordo com o presidente da Acipg, Douglas Taques Fonseca, o objetivo foi tentar evitar que o STF conceda o habeas corpus preventivo de Luiz Inácio Lula da Silva, impetrado pela defesa, com o objetivo de evitar a execução provisória da sua pena de 12 anos e um mês de prisão pela ação penal do tríplex do Guarujá (SP), um dos processos da Operação Lava Jato. "O nosso apelo é para que o STF mantenha a decisão de que réu condenado em segunda instância deve cumprir pena. Primeiro porque se o STF conceder o habeas corpus vai acabar com a Operação Lava Jato, porque vai abrir brecha para que um monte de político que já foi preso possa ser solto. E, porque o julgamento em terceira instância pode levar entre dez e 15 anos. Se o STF decidir pelo habeas corpus de Lula um monte de bandido vai para a rua", opina o presidente, ressaltando que a mobilização foi apartidária.
Integrantes da Sociedade Rural dos Campos Gerais também participaram da passeata e ressaltaram a importância do STF negar o pedido da defesa de Lula. "A ideia é nos unirmos com outras entidades civis para lutar pelo que acreditamos que é correto e para que a lei seja cumprida. Queremos mostrar para o Supremo que estamos de olho", frisa o presidente da Sociedade Rural, Edilson Gorte.
A manifestação, organizada pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), em parceria com diversas outras entidades, aconteceu em forma de passeata pela Avenida Vicente Machado até a lateral do Terminal Central.
Nesta terça-feira, véspera do julgamento no plenário do STF, uma série protestos aconteceram em diversas cidades do país, promovidas por apoiadores e grupos contrários ao ex-presidente Lula.
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