em

Líderes discutem sucessão após renúncia de Cunha

O presidente afastado da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou ontem (7) à presidência da Casa. Ele permanece com o mandato de deputado federal. “Resolvi ceder ao apelos generalizados dos meus apoiadores”, disse. Os líderes já discutem como será a escolha do novo presidente.

Agência Brasil
Cunha renunciou durante andamento de processo de cassação

Cunha leu a carta de renúncia no Salão Nobre da Câmara. Ele disse que é alvo de perseguição por ter aceito a denúncia que deu início ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. O peemedebista disse também que sempre falou a verdade. Em ocasiões anteriores, por várias vezes, Cunha negou que iria renunciar.

Com a decisão de Cunha de deixar a vaga, a Câmara terá que convocar novas eleições no prazo de até cinco sessões plenárias para uma espécie de mandato-tampão, ou seja, para um nome que comandará a Casa até fevereiro do próximo ano quando um novo presidente será eleito.

Com a renúncia, pode se encerrar o impasse sobre a permanência de Waldir Maranhão (PP-MA) no comando da Câmara, já que ele assumiu o cargo desde que Cunha foi afastado.

O processo começou em outubro do ano passado, quando o PSOL e a Rede entraram com uma representação contra Cunha alegando que ele havia mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou ser o titular de contas no exterior.

Paralelamente ao processo de cassação, no STF Cunha é alvo de pelo menos cinco processos, além de ter sido afastado do comando da Casa por decisão do STF.

Sandro e Aliel dizem que renúncia não ‘salva’ Cunha

A renúncia de Cunha à presidência da Câmara Federal repercutiu na Casa ontem. O deputado federal Aliel Machado (Rede) publicou no seu perfil no Facebook que Cunha deve perder os direitos políticos. “Cunha renunciou à presidência da Câmara. É um ato desesperado para salvar a própria pele e tentar não perder o mandato. Mesmo assim, se o regimento da Casa for cumprido, ele deixa de ser deputado já na próxima semana e fica inelegível até 2027”.

Já o deputado Sandro Alex (PSD) afirmou que “o processo de cassação é irreversível”. O recurso para anular a votação, segundo ele, é muito frágil. Sandro também comentou o choro de Cunha. “Não é característica dele demonstrar sentimentos”, afirmou. A vitimização de Cunha, conforme Sandro, não altera o rumo da discussão sobre a cassação. Ele avisa que a intenção é pressionar a Casa a votar a cassação na CCJ na segunda-feira, a cassação em si na quarta-feira e a eleição do novo presidente já na quinta-feira.

Participe do grupo e receba as principais notícias da sua região na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.