Organizadores de ato que reuniu cerca de 20 mil pessoas de acordo com a Polícia Militar afirmam que novas manifestações vão depender de andamento de processo da presidente
Após reunir cerca de 20 mil pessoas de acordo com números da Polícia Militar em um ato na tarde do último domingo em Ponta Grossa, integrantes de movimentos como Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre esperam desdobramentos do cenário político nacional para agendar novas manifestações e reforçar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A saída da chefe do Executivo nacional era uma das várias reivindicações dos atos que aconteceram em Ponta Grossa e outras cidades do País no último domingo.
Queríamos chamar a atenção, e acredito que conseguimos. Agora, nos próximos dias, vamos nos reunir, ver como andará o processo de impeachment da presidente, e discutir novas manifestações, comentou Marcos Fernandes, do Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do ato que ocorreu em Ponta Grossa no último domingo. Estimativas da Polícia Militar apontam que aproximadamente 20 mil pessoas compareceram à manifestação que percorreu a Avenida Vicente Machado e agendada como um ato de repúdio à corrupção e ao atual governo de Dilma Rousseff, além de apoio às investigações da Força Tarefa da Lava Jato. Faixas e palavras de ordem contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e ao próprio PT também foram registradas na manifestação.
De acordo com o Vem Pra Rua e Brasil Livre, 500 mil pessoas protestaram pelo impeachment da presidente em mais de 15 cidades do Paraná. No total, os dois movimentos apontam que mais de 4 milhões se manifestaram em 400 cidades brasileiras e alguns centros nos EUA e na Europa. No Paraná, Curitiba reuniu a maior manifestação: 200 mil segundo a Polícia Militar e 250 mil, segundo os representantes do Vem Pra Rua e Brasil Livre. Estamos fazendo história. O governo Dilma acabou. Demos uma lição de cidadania e democracia. O povo já fez sua parte, agora depende do Congresso Nacional e do TSE, mas estaremos vigilantes e mobilizados, disse Eder Borges, do MBL.
Além de Ponta Grossa e Curitiba, houve protestos em Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Paranavaí, Cascavel e Guarapuava. Ainda foram registradas manifestações em Cornélio Procópio, Marechal Cândido de Rondon, Toledo, Paranaguá.