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Idosos atribuem nota oito para índice de felicidade criado pelo SPC Brasil

O “Felizômetro”, índice criado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal ‘Meu Bolso Feliz’ para mensurar o grau de felicidade dos consumidores acima dos 60 anos, mostra que a maioria das pessoas da terceira idade está satisfeita com as atuais condições de vida. De acordo com o levantamento realizado com 632 idosos em todas as capitais brasileiras, quase oito em cada dez entrevistados (78%) atribuem nota igual ou superior a oito na hora de expressar a satisfação com o seu modo de vida.

Os resultados indicam que a sensação de felicidade varia entre os gêneros e se torna mais frequente à medida que melhoram a condição social e o nível de educação formal dos entrevistados. Entre as mulheres, essa percepção atinge 81% da amostra, sendo também mais disseminada entre os que têm idade entre 66 a 70 anos (83%), com formação superior (83%) e que pertencem às classes A e B (85%).

De acordo com o estudo, felicidade e saúde são questões inseparáveis: este último fator é o item que possui o maior peso para o índice criado pelo SPC/Meu Bolso Feliz, podendo aumentar as chances de se atingir a felicidade em até 25%.

“É claro que existem muitos idosos brasileiros em situação de vulnerabilidade, enfrentando solidão, problemas de saúde ou dificuldades financeiras. No entanto, a pesquisa desafia o senso comum e a imagem que se faz deles. Com a melhora da expectativa de vida e os avanços da medicina, os idosos de hoje já observam uma significativa evolução na qualidade de vida”, afirma o educador financeiro do portal ‘Meu Bolso Feliz’, José Vignoli.

Idosos esperam viver mais

Os resultados da pesquisa também mostram que evitar rótulos é um dos fatores mais importantes para sentir-se feliz: o fato de o idoso não se considerar como pertencente à terceira idade pode elevar suas chances de felicidade em até 15%. Outra constatação curiosa do levantamento é que enquanto o IBGE estima em 81,6 anos a expectativa atual de vida da população brasileira com mais de 60 anos, os idosos entrevistados pelo estudo dão a si mesmos uma expectativa maior: 89 anos de idade.

Encarar a vida de forma positiva é uma das características mais marcantes desses consumidores. O estudo revela que a maioria dos entrevistados (62%) acredita ser mais otimista hoje em dia do que no passado e 36% declaram ter ficado mais vaidosos com o passar do tempo. “Com boa saúde e o otimismo em alta, as perspectivas para o futuro também são melhores. Por isso essa parcela da população apresenta níveis tão elevados de satisfação e mostra-se interessada em traçar planos para o futuro e também pronta para aproveitar esta etapa da vida”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Fatores que determinam a felicidade

Além da saúde e do sentimento de não pertencimento ao grupo de terceira idade, outros fatores destacaram-se como importantes para aumentar as chances de atingir a felicidade. O índice ‘Felizômetro” mostra que a independência na hora de consumir (14,5%), o fato de não precisar fazer empréstimos para adquirir produtos que não tinham acesso antes (13,9%), ter condições de gerir as próprias contas livremente (7,6%) e manter uma vida financeira melhor do que no tempo em que eram jovens (6,8%) são outros fatores que pesam consideravelmente para aumentar a probabilidade de ser feliz na vida dos idosos.

Aproveitar o tempo livre também parece ser importante. Entre as ações que conduzem a uma vida mais feliz, atividades de lazer realizadas com muito mais frequência podem impactar em até 6,3% as chances de satisfação com o modo de vida. Mas ao mesmo tempo em que valorizam a diversão, os entrevistados mostram que os rumos da vida profissional têm peso na consolidação da própria felicidade: entre os fatores que podem deixar a vida mais feliz está o fato de ser uma pessoa realizada profissionalmente, o que tem potencial para elevar a probabilidade de felicidade em 5,6%. Finalmente, ter como prioridade aproveitar a vida sem preocupações também está entre as condições que aumentam as chances de ser feliz em 5,3% mostra o ‘Felizômetro’.

Desejos da terceira idade

Entre os principais planos e desejos para o futuro, mais da metade (51%) dos consumidores da terceira idade afirma que pretende aproveitar a vida junto de seus familiares e amigos. Em segundo lugar aparece a vontade de ajudar os filhos, deixando-os bem financeiramente (29%), enquanto que na terceira posição vem o desejo de viajar e conhecer outros lugares do Brasil (23%).

“Com boa saúde e sentindo-se otimistas, felizes e dispostos, os consumidores da terceira idade parecem estar prontos para aproveitar, de maneira intensa, aquela que pode ser uma das melhores etapas de suas vidas. A pesquisa identificou indivíduos cheios de planos e com vontade de desfrutar mais da companhia de amigos e familiares. Um fato interessante é que os idosos demonstram preocupação em ajudar seus filhos e parentes financeiramente, mas ao mesmo tempo não abrem mão de investir em sua própria qualidade de vida” afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Metodologia

Para criar o índice de Felicidade dos Idosos (Felizômetro), o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e o portal ‘Meu Bolso Feliz’ entrevistaram pessoalmente 632 pessoas acima dos 60 anos nas 27 capitais brasileiras. As variáveis observadas para a criação do índice foram: percepção da saúde, independência – seja para a gestão do orçamento ou consumo -, o não pertencimento ao grupo da terceira idade, a condição financeira, lazer, a realização profissional e vontade de aproveitar a vida.

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