Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que cerca 82 milhões de pessoas apresentaram o Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou maior do que 25, número que indica sobrepeso ou obesidade. Isso representa que 60% estão acima do peso. O estudo mostrou também que existe uma prevalência maior de sobrepeso em mulheres (58,2%) do que no sexo masculino (55,6%).
De acordo com a pesquisa, o excesso de peso aumenta com a idade, de modo mais rápido para os homens, que na faixa de 25 a 29 anos chega a 50,4%. Contudo, nas mulheres, a partir da faixa etária de 35 a 44 anos a prevalência do excesso de peso (63,6%) ultrapassa a dos homens (62,3%), chegando a mais de 70,0% na faixa de 55 a 64 anos.
O endocrinonologista, Ricardo Bizeli, considera que o número de pessoas com sobrepeso ou obesas no Brasil é alarmante e alerta para dados também divulgados pelo Ministério da Saúde. Os números são parecidos com os que foram divulgados pelo IBGE. “Números divulgados mostraram o Brasil, neste ano, continua com mais da metade da população acima do peso (52,5%), com cerca de 18% de obesos”, explica. Em Ponta Grossa, ainda não existem estudos que mostrem quantas pessoas estão acima do peso e/ou são consideradas obesas.
Segundo ele, o sedentarismo é fator principal que pode desencadear o excesso de peso. “É preciso também evitar o excesso de gorduras na dieta, aumentar o consumo de frutas e verduras, e dar maior atenção aos alimentos integrais também é muito importante”, orienta.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) também apontou que em dez anos, a obesidade entre mulheres de 20 anos ou mais passou de 14% em 2003 para 25,2% em 2013. Entre 2003 e 2013, a obesidade entre mulheres de 20 anos ou mais de idade passou de 14% (de acordo com a POF 2002-2003) para 25,2% (segundo a Pesquisa Nacional de Saúde), um aumento de 11,2 pontos percentuais (p.p.). Entre os homens, houve um menor crescimento, de 9,3% para 17,5%, uma diferença de 8,2 pontos percentuais.
Cuidados
Ainda de acordo com o endocrinologista, Ricardo Bizeli, consultar um especialista é essencial para a realização de uma avaliação do organismo. “É importante a realização de exames clínicos e laboratoriais. Os resultados ajudarão a traçar um plano de tratamento. Devemos lembrar sempre que a obesidade é uma doença, e deve ser combatida como tal”, conclui o especialista.
