A diferença entre o procedimento recente e o anterior é evidente. Da outra vez, foi necessária a abertura do tórax, mas, com a nova técnica, a prótese de válvula mitral é realizada sem abrir o tórax, com implante de cateter. Uma prótese especial é comprimida dentro de um pequeno tubo, o cateter, e posicionado no coração. Em seguida o médico libera a válvula em sua posição correta. O cirurgião cardiovascular e diretor clínico do hospital, Luiz Fernando Kubrusly, explica que a válvula artificial vem corrugada, toda encolhida, como se fosse um guarda-chuva fechado, quando é posicionada no local correto abre-se a válvula e ela se fixa.
Sandra conta que antes do procedimento tinha pneumonia constantemente, falta de ar, pulmão com líquido e não podia subir escadas, o que tornava a vida difícil já que ela mora num sobrado. Agora não tenho falta de ar, durmo bem, já estou dirigindo e retornei às atividades domésticas e do cotidiano, celebra a paciente. A cirurgia foi realizada em setembro do ano passado e custa entre R$ 300 mil e R$ 350 mil, mas foi coberta pelo plano de saúde da família.
Problema comum
O médico explica que o coração tem quatro válvulas, que servem para manter o fluxo sempre na mesma direção, ou seja, o sangue não pode voltar. Duas válvulas são operadas com muita frequência, a aórtica e a mitral, ambas com cirurgia aberta. São procedimentos que resultam em cortes grandes, nos quais o tórax é aberto e há a necessidade de parada do coração, mediante o uso de uma máquina de circulação artificial.
Com a nova técnica, a intervenção dura em média 45 minutos, enquanto que a cirurgia tradicional leva de três a quatro horas. (Com Assessorias)