Hipnose colabora para o aumento da atenção e no processamento automático das informações
O final do ano, época de correria para muitas pessoas, exige maiores cuidados com a saúde e tudo começa com a diminuição do ritmo, da ansiedade e do estresse. “O período de final de ano traz um certo ‘frenesi’, devido aos balanços de vida que muitas pessoas realizam e acabam se frustrando, porque nem tudo o que sonharam ou planejaram se realizou”, diz a psicóloga Lílian Gomes.
Neste caso, uma técnica da psicologia vem sendo aplicada com o objetivo de proporcionar um relaxamento profundo nos pacientes. Trata-se da Hipnoterapia Cognitiva Comportamental, trabalho terapêutico vivenciado através da hipnose.
Segundo a especialista, a técnica é coadjuvante à Psicoterapia e, embora consciente, leva o paciente a acessar conteúdos que possam estar lhe trazendo sofrimentos. “Seu funcionamento colabora para o aumento das habilidades de atenção e no processamento automático de informações. Isso ocorre, provavelmente, devido o acesso ao lobo frontal (parte da frente da testa) propiciando assim uma rápida propagação neural sináptica”, explica.
Segundo ela, para a aplicação da hipnose é necessário seguir um protocolo com cinco etapas como avaliação, observação comportamental, testagem, cognitiva e auto-monitoramento. No entanto, segundo a profissional, ainda existem mitos acerca do tratamento.
“A hipnose ainda é muito questionada se é causada pelo poder do hipnotizador; se o hipnotizador controla o desejo do paciente; se a pessoa entra em transe; se a hipnose é sono; se há perigos na utilização da hipnose e o paciente não voltar do processo; ou se o paciente revela ‘segredos’ quando hipnotizado”, questiona.
Para responder todas estas questões, Lílian ressalta que a hipnose não é ‘sono’ e não revela segredos. “Ela não é uma terapia de vidas passadas e, na verdade, se revela como um instrumento de grande valia na prática Psicoterapêutica”.
A psicóloga explica ainda que a hipnoterapia alcança, além da Psicologia, todas as áreas da saúde, como a medicina, nutrição, fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional.
“É importante que o psicoterapeuta realize uma análise completa com o paciente antes de qualquer aplicação da técnica da Hipnoterapia, pois seus dados são fundamentais para todo o processo. Só vamos poder trabalhar com os dados existentes na memória dele se soubermos das crenças limitantes, pensamentos automáticos, memórias disfuncionais, os quais nos darão os objetivos terapêuticos”, comenta.
Exercícios
Além da ajuda do terapeuta, os exercícios da Hipnoterapia podem ser realizados em casa. “São exercícios bem orientados e que já estão sendo realizados nas sessões de Psicoterapia. Existem técnicas de auto-hipnose para insônia e ansiedade, que utilizam do relaxamento profundo onde o paciente pode realizar sozinho”, sugere.