Camilla Tavares
O ex-funcionário Izaías Nascimento, presbítero e filiado ao PRB, fez várias denúncias contra o grupo que administra a Prefeitura municipal de Ponta Grossa. Nascimento, que também disputou a última eleição para vereador, informou em entrevista ao DC que foi nomeado para assumir um cargo comissionado na Prefeitura, por intermédio dos vereadores Pastor Luiz Bertoldo e Pastor Ezequiel, ambos do PRB, mas nunca foi designado para nenhuma função. No entanto, recebia o salário.
O denunciante afirma que foi registrado para trabalhar na Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SMOSP), com salário de R$ 1.233,74, no dia 1º de julho de 2013. Contudo, nunca ocupou nenhuma função. “Eu ia na prefeitura todos os dias, e ficava circulando. Ia na direção de Saúde, por exemplo, pedir encaminhamento para alguém que solicitava. Eu era meu próprio chefe”, conta. De acordo com Nascimento, o assessor especial de Relações Políticas do governo, Márcio Ferreira, teria aconselhado o funcionário a comparecer apenas duas vezes na semana na SMOSP, para “ser visto pelo secretário”.
Nascimento informou que não estava satisfeito com a situação, e começou a questionar por que não tinha um cargo designado. Foi então que no dia 4 de outubro, recebeu uma ligação do gabinete do prefeito para ir assinar o livro ponto. “Ela me ligou dizendo que eu precisava ir até a Prefeitura para assinar o livro ponto desde o mês de agosto para cá. Isso já era 4 de outubro”, revela.
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Fábio Matavelli |
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Izaías Nascimento revela que recebia salário mesmo não trabalhando e que fui induzido a assinar o livro ponto |