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Efetivo da GM tem preparo especial para atender casos de família

Duas adolescentes que estavam desaparecidas, desde quinta-feira, após participarem de uma festa no Jardim Maracanã, foram encontradas pela Guarda Municipal, na rodoviária. As jovens, segundo elas próprias, seguiriam para Reserva. As adolescentes foram encaminhadas para o Conselho Tutelar. Ações como essas, que envolvem questões sociais, vêm fazendo parte da rotina da Guarda Municipal, que também é treinada para lidar com este tipo de conflito.
De janeiro a agosto, delitos de família representaram cerca de 9% dos atendimentos da Guarda Municipal, ou seja, dos 1819 chamadas atendidas, 195 foram casos como apoio assistencial e escolar, violência doméstica, maus tratos, evasão domiciliar, abuso sexual, etc. A maior parte deste tipo de atendimento foi apoio às ações do Conselho Tutelar: 47 nos oito primeiros meses de 2016.
Foi no apoio ao Conselho Tutelar que a Guarda Municipal conseguiu chegar até ao pai de uma criança de três anos, acusado de estupro de vulnerável. O pedido de apoio veio da direção da escola onde a criança estuda que notou hematoma no corpo. “A Guarda Municipal foi chamada para atender ao caso, e, com a experiência em lidar como casos assim, os guardas desconfiaram e foram atrás do pai da criança, que confessou o crime”, explica o secretário de Cidadania e Segurança Pública, Ary Lovato. Comprovado o caso, o pai foi encaminhado à delegacia e o Conselho Tutelar retirou a tutela dos pais e encaminhou a criança para um abrigo.
Esses atendimentos têm aumentado de um ano pra outro. Neste ano já são 30% a mais dos registrados no ano passado. Para Lovato, este aumento mostra a capacidade do efetivo e também a confiança que a população vem tendo no trabalho que a Guarda Municipal tem feito. “As pessoas sabem que quando acionada, a Guarda Municipal irá atender e dar o suporte necessário e adequado para os casos, preservando a família”, diz.
Por conta disso, estes assuntos são constantemente discutidos com a Guarda Municipal. Além disso, antes mesmo de ingressar na corporação, os guardas também passam por treinamento psicólogo específico para atuar. “Temos que ter bons profissionais, além de capacitados tecnicamente, preparados psicologicamente para lidar com tomadas de decisões conscientes e maduras em situações de conflito”, diz a psicóloga da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública, Silmara Calixto, credenciada pela Polícia Federal para a manutenção do porte de arma de fogo pela Guarda Municipal.

Arquivo DC

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