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Deputados de PG veem ‘momento difícil’

Aliel Machado e Sandro Alex admitem que situação do país é complicada após abertura de análise de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff

Divulgação
Aliel e Sandro analisam processo que pede o impeachment de Dilma Rousseff

 

No dia em que a Câmara dos Deputados fez a leitura dos documentos relativos ao pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, aceito pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PDMB-RJ), Aliel Machado (Rede) e Sandro Alex (PPS), admitem que o momento político do país é ‘difícil’ e já fazem as primeiras análises do caso que ainda tem seus primeiros desdobramento e pode se estender por até seis meses.

Aliel afirmou que deverá fazer uma análise da peça elaborada pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal. No domingo, ou ainda na segunda-feira, seu partido deverá se reunir para definir quem será o representante da Rede Sustentabilidade na comissão especial que avaliará o pedido de impeachment. “É uma decisão política, mas com fundamentação jurídica. A nossa bancada vai fazer uma análise, estudar o caso e é inconveniente dar uma opinião antecipada. Tem que se respeitar a Constituição”, afirmou Aliel.

Já Sandro Alex abriu mão de participar da comissão, em virtude de ser o vice-presidente do Conselho de Ética, que analisa um processo de cassação de Cunha. “Não é bom misturar os assuntos. Estou no Conselho de Ética, uma coisa não pode se misturar com a outra”, argumenta. “Mantenho meu voto pela continuidade do processo contra o Eduardo Cunha, assim como acredito que a fundamentação teórica da peça protocolada pelo Miguel Reale Junior está correta. Ambos os processos são legítimos, a conjuntura externa não pode contaminar. Erros não absolvem ou justificam um ou outro, é preciso que se investigue todos os fatos”, afirmou.

“A população quer o esclarecimento de ambos os casos, e é ela quem sofre com esse momento tão ruim, tão difícil”, analisa Sandro. “É preciso superar esse momento difícil que o país atravessa, resgatar a credibilidade política do país”, complementa Aliel.

 

 

Trâmite

Comissão especial será instalada na segunda-feira

Líderes partidários e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fecharam um acordo para que todas as legendas representadas na Casa indiquem, até as 14 horas da próxima segunda-feira (7), os nomes de deputados que integrarão a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A intenção é instalar o colegiado em uma sessão extraordinária marcada para as 18 horas. A comissão especial deve se reunir imediatamente depois para escolher, em votação secreta, o presidente e o relator do caso.

Ao todo, a comissão terá 65 membros. O PSDB terá seis cadeiras no colegiado e o bloco que compõe, junto com PSB, PPS e PV, totalizará 12 vagas. O bloco comandado pelo PT, que é integrado ainda pelo PSD, PR, PROS e PCdoB, terá 19 vagas, das quais oito são do partido do governo. O PMDB terá oito representantes. O bloco formado pela legenda e pelo PP, PTB, DEM, PRB, SDD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEM, PRTB tem 25 integrantes.

Com o início dos trabalhos da comissão, a presidenta será notificada e terá o prazo de dez sessões do plenário para apresentar a sua defesa. A comissão especial terá, a partir dessa defesa, cinco sessões do plenário para votar o parecer. Caso o colegiado decida pelo prosseguimento das investigações, o parecer precisará passar pelo crivo do plenário. Para ser aprovado, são necessários dois terços dos votos da Casa (342). A partir deste momento, Dilma teria que ser afastada do comando do país por até 180 dias. Neste período, o Senado julgaria a presidenta.

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