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De olho em Tóquio 2020, COB testa operações em Hamamatsu, Odaiba e Enoshima

O esporte brasileiro segue em ritmo acelerado. Após o encerramento dos Jogos Pan-americanos Lima 2019, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) direciona ainda mais o foco para Tóquio 2020. Em 13 de agosto, somente dois dias após o encerramento do Pan, uma delegação com mais de 50 integrantes, entre atletas, membros de comissões técnicas e profissionais do COB, desembarcou em três pontos diferentes do Japão – Hamamatsu (judô), Enoshima (vela) e Odaiba (triatlo) – com o objetivo de planejar e testar toda a operação que envolve a preparação para os Jogos Olímpicos.

"É muito importante testar as estruturas em diferentes pontos. No triatlo, focamos no percurso e no dia da competição para ter um trabalho mais preciso. Na vela, já testamos tudo o que será oferecido aos atletas nos Jogos Olímpicos. Além disso, os atletas puderam competir com a elite de suas modalidades, e o COB pode trabalhar para oferecer as melhores condições aos brasileiros no ano que vem", explicou o vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta, que acompanhou as duas modalidades no Japão.

Vela – No caso da vela, que já havia participado de um evento-teste em 2018, o COB apresentou uma estrutura mais robusta, com duas grandes novidades: uma base a 500 metros da Marina de Enoshima, com salas de fisioterapia e massoterapia, área de descanso, refeitório e depósito (este espaço será ainda maior em 2020, com a inclusão de uma sala exclusiva para análise dos dados meteorológicos); e a presença de um contêiner-oficina com todos os equipamentos necessários, como peças e ferramentas, para a manutenção das embarcações. A estrutura permanecerá em Enoshima até 2020.

"O contêiner funciona como oficina e depósito. É muito útil para organizar tudo, termos acesso rápido aos equipamentos e trabalharmos na manutenção dos barcos. Qualquer ajuste não exigirá deslocamento ou mesmo compra de novos materiais. Já a base é fundamental para o descanso dos atletas, porque o calor será forte no período dos Jogos. Por isso, é muito bom ter um espaço exclusivo do Time Brasil para nos concentrarmos antes das regatas", ressaltou Torben Grael, coordenador técnico da CBVela.

Triatlo – A equipe brasileira teve a oportunidade de conhecer os fluxos, o percurso e, sobretudo, as condições climáticas de Odaiba, ilha artificial localizada na capital japonesa, que abrigará as competições da modalidade nos Jogos Olímpicos. Realizado entre os dias 14 e 18 de agosto, o evento-teste terminou com bons resultados dos atletas brasileiros: Vittoria Lopes foi a 4ª colocada e Luisa Baptista, a 11ª, na elite feminina, enquanto o revezamento misto terminou em 12° lugar, com o segundo melhor desempenho das Américas.

"Esse resultado foi muito significativo, em um evento de grande importância, que reuniu as 65 melhores triatletas do mundo. Toda essa evolução comprova a consistência de resultados dessas meninas. Elas saíram do Pan com um ouro e uma prata, em um cenário completamente diferente, e alcançaram ótimas posições em uma prova desse nível. Estamos colhendo os frutos de um planejamento bem elaborado", afirmou Virgílio de Castilho, CEO da CBTri.

Judô – Com dez mil brasileiros entre seus 800 mil habitantes, a cidade de Hamamatsu, a 260 quilômetros de Tóquio, foi a base escolhida pelo judô para realizar sua preparação visando o Mundial, que começa neste domingo, 25 de agosto, e também servirá como evento-teste para os Jogos Olímpicos.

Realizando sua aclimatação na cidade desde o último dia 14, a delegação brasileira ficou hospedada em um hotel ao lado do ginásio e da academia, além de terem se alimentado com pratos típicos brasileiros.

"Hamamatsu será uma grande sede de aclimatação do Time Brasil para Tóquio 2020. Paralelo à operação do Judô, estamos inspecionando locais de treinamento e hotéis para outras modalidades que virão para cá. Estabelecer um relacionamento direto com os profissionais da prefeitura, entender a cultura local, fora o dia a dia da cidade, nos ajudará a planejar a aclimatação do Brasil em 2020", disse Soraya Carvalho, diretora do Instituto Olímpico Brasileiro (IOB) e representante do COB na aclimatação do judô.

Escalada esportiva e outras ações – Ainda no mês de agosto, a seleção brasileira de escalada esportiva disputou o Mundial da modalidade, em Hachioji, cidade vizinha a Tóquio.

"O evento serviu de parâmetro para avaliarmos o nível dos nossos atletas no cenário mundial, que puderam ganhar mais experiência e vivenciar os diferentes estilos de técnica na escalada. Comparamos também o desempenho do Brasil com o de outros países na América, já que o campeonato pan-americano do ano que vem será classificatório para Tóquio 2020", ponderou Janine Cardoso, diretora técnica da Associação Brasileira de Escalada Esportiva (ABEE).

Até o final de 2019 ainda estão previstas outras ações do COB para o Time Brasil no Japão, em parceria com as Confederações Brasileiras Olímpicas. A seleção de karatê, por exemplo, treina em Saitama em setembro e depois vai a Tóquio disputar a Premier League; o vôlei masculino chega a Ota no fim do mesmo mês e, em outubro, disputa a Copa do Mundo; e as meninas do handebol, que também vão a Ota em novembro e, a partir do dia 30, disputam o Mundial, em Kumamoto.

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