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Crise no transporte faz setor planejar paralisação

 

Diesel e pedágio representam 60% do custo de um caminhão

Foto: Peterson Strack

Os sucessivos aumentos no preço do óleo diesel neste ano estão levando o setor de transportes a falar em greve nacional. O movimento se iniciou há poucos dias com uma série de protestos no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e ganhou o Oeste do Paraná nesta semana. Nos Campos Gerais as entidades que representam os caminhoneiros não descartam uma paralisação.

“Está muito difícil. O diesel está subindo, o pedágio já subiu e o frete, até o momento não tem reação. O setor de transporte rodoviário está num momento crítico e se continuar assim teremos que reagir”, alerta Fernando Buturi, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Ponta Grossa (Sindiponta). A entidade está planejando para a próxima segunda-feira, 23, uma discussão com os diretores sobre a crise pela qual passa o setor. “No momento, não temos nada definido sobre uma paralisação, mas se continuar deste jeito não vai ter outra saída. Precisamos pensar em uma reação, pois o juro está subindo e o financiamento está sendo cortado, além do diesel não parar de subir, tem ainda o IPVA [Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor] que aumentou 40% no Paraná”, fala.

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Sem diálogo, greve será o caminho

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ponta Grossa e Campos Gerais (Sinditac) e também da Associação Brasileira dos Motoristas Autônomos (ABMA), Neori Leobet (Tigrão), aposta no diálogo com o governo federal para evitar a greve. “A gente sempre organizou e melhorou as greves, mas hoje a preocupação é grande. Existem alguns movimentos de grandes empresários, mas o que eu fiz para evitar esta greve foi uma pauta de reivindicações e já estive duas vezes com os ministros pedindo apoio, agora para evitar esta paralisação nacional o governo teria que atender e com urgência”, diz.

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