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Crédito facilitado impulsiona retomada do crescimento do mercado imobiliário de PG

Após anos de intensa crise financeira a economia brasileira começa a dar sinais de recuperação – e, em Ponta Grossa, um dos setores que mais têm tido aceleração no crescimento é o mercado imobiliário. De acordo com dados do Sindicato de Habitação e Condomínios (Secovi) repassados à reportagem do Diário dos Campos pelo seu representante regional, Carlos Roberto Tavarnaro, no ano passado a oferta de imóveis à venda cresceu 10,3% na cidade, enquanto que a locação registrou um aumento de 3,9% – ambos comparados a 2018.

Para representantes do setor, a redução dos juros foi um fator crucial para o aquecimento econômico.  A Selic, taxa básica de juros, iniciou o ano em 6,5%e foi baixando até chegar a 4,5%. A partir disso, os juros para crédito e financiamentos imobiliários foram despencando e se diversificando – a Caixa Econômica Federal, por exemplo, criou uma linha atrelada à inflação oficial.

As instituições financeiras começaram a apostar em taxas mais baixas e prazos mais longos para conquistar novos clientes. Por conta disso, a operações de portabilidade triplicaram no segundo semestre de 2019; segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP), os 10 primeiros meses de 2019 resultaram em R$ 62,3 bilhões nos financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança, uma alta de 34% com relação ao mesmo período em 2018.

“Tivemos uma evolução muito grande na redução das taxas, o que é muito positivo para o mercado – que depende de otimismo e crédito. O Santander, por exemplo, agora está financiando até 90% dos imóveis novos e usados, algo importantíssimo porque o brasileiro não tem o costume de poupar e a entrada de 20% é sempre um fator que dificulta as aquisições. Esse novo produto é bem interessante e certamente os outros bancos vão acompanhar”, prevê o presidente regional do Sindicato de Habitação, que acredita em novas reduções de juros.

“A gente sabe que a inadimplência está alta, mas com ela sendo minimizada temos espaço para baixar juros, além da promessa do governo em liberar mais instituições financeiras para esse tipo de operação; hoje a gente depende de seis/sete, enquanto que nos Estados Unidos mais de duzentas fazem financiamento. Falar em uma Selic de 4,5% e juros de 7% não tem cabimento”, analisa Tavarnaro.

“Agora é a hora de investir; nunca tivemos uma taxa de juros tão baixa para adquirir imóveis e a gente ainda surfa em preços de crise. Esse é um item importante, porque estamos às vésperas de começar a subir os preços de novo”, alerta ele.

 

Este é um trecho da reportagem sobre o desempenho do mercado imobiliário de Ponta Grossa. Confira o material completo, publicado pelo DC neste sábado (18):

 

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