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Confira quatro investimentos para quem tem pouco dinheiro

 Ao contrário do que se pode pensar, ter pouco dinheiro para poupar não é motivo para ficar preso ao baixo rendimento da poupança. O mercado disponibiliza diversas opções de investimento que demandam aportes baixos. Estas soluções são encontradas em plataformas de investimento, que costuma oferecer um leque de aplicações bem mais amplo do que os bancos.  

Por que tirar o dinheiro da poupança 

A poupança é uma das aplicações mais simples e baratas – com aporte mínimo de R$ 1 -, por isso é tão popular. Mas com o surgimento de fintechs e corretoras, que oferecem plataformas simples de usar, investir em ativos mais rentáveis está cada vez mais fácil.

Além disso, os ativos hoje estão mais acessíveis, com valores de investimento mínimo menores, graças aos esforços dos setores público e privado pela popularização desse mercado.

O investidor conservador – que tem baixa tolerância a perdas – e iniciante, que tem pouco dinheiro ou que apenas deseja começar devagar, pode iniciar seus investimentos em ativos tão seguros quanto a poupança, porém mais rentáveis.

Mas por que trocar a poupança por outros produtos financeiros? O motivo é o rendimento: em alguns casos, a poupança não consegue sequer superar a inflação, fazendo com que quem aplica perca poder de compra. 

Nos últimos anos, os investimentos em Tesouro Direto e outros ativos de renda fixa apresentaram rendimentos superiores aos da poupança. Entre outubro de 2018 e mesmo mês de 2019, por exemplo, a poupança teve rendimento médio de 4,48%. No mesmo período, um ativo de renda fixa com rendimento de 110% do CDI rendeu 6,92%.

Investir em Tesouro Direto com pouco

O Tesouro Direto é um dos investimentos mais acessíveis no mercado, com alguns títulos disponíveis por menos de R$ 100. Isso ocorre porque eles podem ser vendidos em frações, ou seja, porções menores do que um título inteiro. 

Os títulos mais baratos disponíveis no momento são os classificados como prefixados ou os atrelados ao índice de preços ao consumidor (IPCA). Os prefixados, como diz o nome, têm o rendimento calculado por uma taxa prefixada, considerando o rendimento no vencimento do título. Já os atrelados ao IPCA rendem o mesmo que o índice acrescido de uma taxa prefixada. O cálculo também vale para o valor investido até o vencimento. Quando vende antes disso, o investidor arca com o risco de ter rendimento maior ou menor. 

O investimento mais barato fica em R$ 35,54, preço de uma fração do título Tesouro Prefixado 2022. Já o Tesouro IPCA 2024, por exemplo, tem o preço da fração em R$ 57,41.  

Mesmo o Tesouro Selic, que tem o rendimento atrelado à taxa de juros, tem o investimento mínimo baixo: com R$ 103,49 é possível comprar uma fração. Um dado importante para o novo investidor é que o Tesouro Selic é o ativo que tem maior liquidez entre os públicos, por ter menor risco de perder valor em caso de venda antes do vencimento.  

 Investir com pouco em CDB

 Um dos títulos privados mais populares, o CDB é um investimento de baixo risco e que pode ter baixo custo, por isso indicado para quem está começando nos investimentos e tem pouco dinheiro para investir. A sigla significa Certificado de Depósito Bancário. Na prática, o CDB é uma forma dos bancos captarem dinheiro.

Essa forma de investimento é segura, pois mesmo em caso de falência do banco emissor do título, o investidor receberá o dinheiro de volta por conta da garantia do FGC – o Fundo Garantidor de Crédito (até o limite de R$ 250 mil reais por instituição por CPF).  

Grandes bancos costumam oferecer CDBs com investimento mínimo de R$ 200, e em corretoras de valores é possível encontrar CDBs com valores de aporte mínimo ainda menores, como R$ 100. 

Investir com pouco em Letras de crédito 

As letras de crédito, como LCI e LCA, são títulos privados emitidos por bancos. É uma forma das instituições arrecadarem dinheiro para empréstimos aos setores imobiliário e agrícola. Em troca do investimento, quem compra uma letra de crédito recebe juros. 

Como calcular o rendimento de CDB e Letra de Crédito 

O rendimento do CDB e da Letra de crédito costumam estar atrelados ao CDI. Quanto maior o percentual do CDI prometido, melhor será o rendimento.

Para calcular o rendimento futuro desses ativos, é preciso saber: o rendimento do CDI no momento do investimento e o percentual que é prometido no rendimento. Com esses dados, basta utilizar a fórmula abaixo: 

(rendimento de rendimento/100) = (Taxa DI) * percentual do DI que o investimento rende 

Exemplo: 

Se a taxa DI for de 5,4% (valor em outubro de 2019) e o percentual do CDI de 110%, a conta fica: 

rendimento/100 = 540*110

rendimento = 5,94%

Investir pouco em Fundos 

Há diversos fundos com aporte mínimo a partir de R$ 100 reais para escolher de acordo com o perfil do investidor e os seus objetivos financeiros. 

O baixo valor do aporte costuma ser compensado pela baixa liquidez: a cotização desses fundos, ou seja, quando o dinheiro é transformado em cotas, pode ser mais longa. Também pode haver um prazo entre a solicitação de saque e o resgate. Tudo isso deve ser considerado pelo investidor.  

Por serem investimentos que contam com um gestor, os fundos podem ter rendimentos mais altos, principalmente quando misturam renda fixa e renda variável. 

Para os investidores conservadores, os fundos de renda fixa são boas opções. Já os investidores de perfil moderado podem investir em fundos multimercado. Por fim, os fundos de ações são produtos mais indicados para os investidores de perfil arrojado, devido aos riscos.

*Os valores de todos os títulos são de outubro de 2019. 

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