O governo não conseguiu emplacar nenhum nome no comando da comissão que analisa o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Eleitos na última quinta (17) pelo colegiado instalado no mesmo dia, o presidente deputado Rogério Rosso (PSD-DF) e o relator do processo, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), são considerados parlamentares alinhados com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarado opositor ao governo, apesar de estar no partido da base aliada.
Como vice-presidentes foram eleitos os deputados Carlos Sampaio (SP), Maurício Quintella Lessa (PR-AL) e Fernando Coelho Filho (PSB-PE), também favoráveis à saída de Dilma do Palácio do Planalto. Em entrevista ontem (18), na Câmara dos Deputados, Rosso tentou minimizar tendências. Garantiu que é isento em relação ao tema, mas reconheceu que seu partido está dividido.
É um partido que tem deputados que votam com o governo e outros que não votam contra. Minha posição é de isenção, de aguardar os fatos. Vamos trabalhar nas regras da constituição. Meu vinculo é com o povo brasileiro. Aqui os representantes são do povo brasileiro, disse. (Agência Brasil)