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“Combate à corrupção será meu foco de atuação”, diz Joice Hasselmann

Nascida em Ponta Grossa, a jornalista Joice Hasselmann foi eleita para o cargo de deputada federal em 2018, pelo estado de São Paulo. Com 1.078.666 de votos, foi a mulher mais votada para a Câmara dos Deputados da história do Brasil. Em números gerais, obteve a segunda maior votação para a Câmara Federal, ficando atrás apenas de Eduardo Bolsonaro – filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro – que foi reeleito com 1,8 milhão de votos. Joice e Eduardo são filiados ao partido de Bolsonaro, o Partido Social Liberal (PSL). 
Joice atribui a grande quantidade de votos que obteve ao fato do desejo de mudança. "As pessoas querem um rosto novo, gente com coragem. Eu tenho histórico de combate à corrupção, minha carreira foi feita com base nisso. Encaro a votação recebida como o recado da população brasileira que quer mudança". "Vou ser deputada do Brasil, então claro que os paranaenses, e os ponta-grossenses estarão muito bem representados porque luto pela nação", completa. 
Segundo Joice,  a principal bandeira que deve levar ao Congresso é o combate à corrupção. "Quero transformar a prática de corrupção em crime hediondo. E, além de atenção às áreas de saúde e educação, a preocupação será com a segurança. A minha proposta é privatizar tudo, inclusive os presídios, para que a gente se livre deste peso. A ideia é que a gente possa fazer parceria entre iniciativa privada e poder público", explica. "Sou biógrafa do [juiz federal] Sergio Moro, sempre estive com a Lava Jato e fui madrinha das dez medidas de combate à corrupção, então este vai ser meu foco direto de atuação", completa. 
Joice destaca ainda que é favorável à reforma previdenciária. "A intenção é construir um novo projeto, uma nova reforma que agrade um pouco mais a população brasileira, que tenha regras de transição, e não ataca direitos adquiridos", aponta, acrescentando que também é favorável à reforma tributária. 
Ao Diário dos Campos, a deputada federal eleita também comenta sobre o fato de ser cotada a disputar a presidência da Câmara. "Muita gente de fora da política tem me cobrado para disputar a presidência, pela votação que tive e a possibilidade de ser a primeira mulher a assumir a Câmara. A minha avaliação é: para ser presidente a pessoa teria que ter conquistado pelo menos um milhão de votos e que fosse alguém novo, requisitos que eu atendo. Mas, acredito que para assumir este cargo é preciso ter experiência e eu não tenho experiência dentro da Casa. Se o partido me chamar para ser candidata e montar um bloco, aí eu vou pensar a respeito. O que tenho conversado é para exercer a liderança do partido a partir do ano que vem". 
Forte apoiadora do presidente eleito, Joice destaca que seu posicionamento estará alinhado ao governo federal. "Eu penso exatamente como pensa o Bolsonaro. Não há possibilidade de termos qualquer tipo de rusga. E, em alguns pontos sou até mais dura que ele, como é o caso das privatizações – eu sou a favor de privatizar tudo", finaliza. 

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