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Com identificação biométrica, eleitores podem demorar mais tempo para votar

Pelo menos 15% dos eleitores devem demorar mais tempo para escolher seus candidatos nas urnas este ano. Nas eleições que ocorrerão em dez dias, mais de 21 milhões de brasileiros usarão a biometria para se identificar.

O assessor de Planejamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Marcello Soutto Mayor, explicou que algumas medidas foram tomadas para minimizar os atrasos, como um número maior de seções. “As seções não estão abarrotadas. Elas têm limite de 400 eleitores para que não haja sobrecarga, e contamos com a abstenção, que sempre tem um percentual que gira em torno de 10% a 15%”, explicou.

A experiência de 2010, quando ocorreu o último pleito majoritário para escolha de presidente, governadores, senadores e deputados, mostrou que, pelo novo sistema, cada pessoa gasta, em média, 20 segundos a mais do que os que usam a identificação manual.

Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estimam que, com as melhorias e os testes feitos desde 2008, cada eleitor deve gastar, este ano, cerca de um minuto e 14 segundos para votar, cinco segundos a mais do que o registrado na última eleição majoritária. O tempo é uma média que considera tanto o sistema convencional como a identificação biométrica e é calculado do momento em que o eleitor se identifica perante o mesário e se dirige à urna até o instante em que confirma o último dos cinco votos – para presidente da República.

Considerando o total de 142 milhões de pessoas que devem votar, a soma desse tempo excedente pode interferir em alguns processos no dia do pleito. Apenas pelo sistema biométrico são 13 milhões de pessoas a mais do que em 2010. Ainda assim, o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, garante que as votações serão encerradas, normalmente, às 17h, como nos anos anteriores, respeitados os fusos horários.

Ele admite que há possibilidade de problemas na identificação das digitais de algumas pessoas, como as que trabalham em atividades que desgastam as mãos, como lavouras, ou com a manipulação de produtos químicos. “Esse tipo de cenário possibilita, no momento da identificação, o não reconhecimento do eleitor. Quando o software não consegue ler o número de minúcias na digital, o procedimento é feito na forma convencional”, destaca.

A identificação biométrica será usada em 762 municípios, incluindo 15 capitais. Em estados como Alagoas, Amapá e Sergipe e no Distrito Federal, a revisão biométrica alcançou todo o eleitorado. Em algumas cidades, como Florianópolis (SC) e Bento Gonçalves (RS), a identificação de eleitores será mista, com a biometria e o método tradicional.

 

Arquivo/DC

Com identificação biométrica, eleitores podem demorar mais tempo para votar

 

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