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Centro Integrado de Operações de Fronteira começa a funcionar no Parque Tecnológico Itaipu

"Uma força-tarefa permanente", assim define o ministro Sérgio Moro o Centro Integrado de Operações de Fronteira (Ciof), que reúne 10 instituições ligadas à segurança pública e tem o apoio de cinco países. O espaço, inaugurado nesta segunda-feira (16), fica no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), dentro da área da usina da Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR). 

Foram pouco mais de três meses desde que foi anunciada a criação do Ciof no Parque Tecnológico, no final de agosto. Desde então, as equipes do PTI trabalharam intensamente para garantir que o projeto do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que recebeu o apoio da Itaipu, fosse inaugurado dentro do prazo. 

De acordo com o diretor superintendente do Parque Tecnológico, general Eduardo Castanheira Garrido Alves, a segurança é prioritária para garantir o desenvolvimento da região – desenvolvimento este que a Itaipu Binacional assumiu como missão e que o PTI atua para dar suporte à sua mantenedora para atingi-la. 

Ainda conforme o general, para o Parque Tecnológico é um privilégio contribuir com o trabalho de prevenção e repressão ao crime organizado, que deve ganhar maior eficiência com o Ciof,  por meio da integração de dados e informações das forças de segurança e inteligência. 

O diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, contou que a hidrelétrica contribuiu com a infraestrutura física – uma área de 600 metros quadrados no PTI – e com a aquisição de ferramentas tecnológicas – foram investidos R$ 2,9 milhões pela Itaipu – para o projeto do Ciof. 

Para Silva e Luna, o projeto traz ganhos para a região, uma vez que "segurança vai trazer confiança para esse desenvolvimento". "O crime organizado tem duas opções: ou se afugentar dessa região ou então levantar as mãos e se entregar", complementou. 

Inspiração nos EUA

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, explicou que o Ciof teve como inspiração o Fusion Center, um projeto de integração das forças de segurança dos Estados Unidos, criado depois do atentado de 11 de setembro de 2004.

O centro visa intensificar e fortalecer a integração entre os agentes de segurança pública no combate ao crime organizado transnacional. A iniciativa tem como foco o combate aos crimes de contrabando, tráfico de armas, trágico de drogas, financiamento ao terrorismo, lavagem de dinheiro e crime organizado. O ministro afirmou que o Ciof não tem a intenção de servir apenas a Foz, mas ao País inteiro; e que o projeto é um modelo que poderá ser expandido no futuro. Moro afirmou ainda que o apoio da Itaipu foi fundamental para viabilizar a criação do Centro. 

O coordenador-geral de combate ao crime organizado, Wagner Mesquita, comentou que, até hoje, não existia nenhuma atividade de comando e controle nas operações na fronteira. Ele definiu o Ciof como um "grande cérebro, equipado para prover ferramentas de planejamento e acompanhar a execução online das operações ostensivas na região". 

O governador do Paraná, Carlos Massa Junior, destacou a importância do trabalho conjunto das forças de segurança. Ele comentou que o Ciof é "inovador e o primeiro projeto do Brasil, é aquilo que

 há de mais moderno nos países de primeiro mundo, que hoje é trazido para Foz do Iguaçu para que a gente possa fazer um projeto-piloto". 

Créditos: Kiko Sierich.

Fronteira Tech

Outro importante lançamento para a segurança da região da Tríplice Fronteira foi feito na tarde desta segunda-feira. O Fronteira Tech, iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Aduana da Receita Federal e Instituto de Desenvolvimento Tecnológico, vai utilizar tecnologia para melhorar o monitoramento na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este, no Paraguai. 

Foram instaladas no local luminárias inteligentes, com câmeras de alta definição e, a partir de tecnologias de reconhecimento facial e de placa de veículos, Internet das Coisas (IoT) e Big Data, o projeto visa aumentar o controle na fronteira. 

As tecnologias instaladas na ponte já são usadas no Parque Tecnológico desde o final do ano passado, quando, junto com a ABDI, foi implantado o Laboratório Vivo de Cidades Inteligentes, onde são testadas e validadas soluções. O espaço funciona como uma vitrine para gestores públicos de todo o País que têm interesse de tornar as cidades inteligentes.

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