Coligações que disputam prefeitura de Ponta Grossa devem apelar para temas como ‘renovação’ e ‘fim de amarras políticas’
Novo, sem amarras políticas, ligado à comunidade. Pelas primeiras impressões passadas nas falas dos candidatos à Prefeitura de Ponta Grossa, estas devem ser algumas das principais referências nos discursos dos cinco concorrentes ao cargo.
Desgaste da classe política, crise nacional e adoção de terceira via como posição política e ideológica também deverão ser recorrentes no posicionamento dos candidatos até outubro.
Outra curiosidade na disputa eleitoral é que os dois partidos que protagonizaram as maiores disputas políticas no país nos últimos anos não possuem candidaturas para o Executivo em Ponta Grossa. Nem PT nem PSDB terão candidatos ao cargo máximo na cidade, e optaram por declararem apoio para outros candidatos.
No tabuleiro político deste ano, Marcelo Rangel (PPS) busca a reeleição e consolida praticamente o mesmo grupo que o elegeu em 2012. Aposta na oposição ao PT e grupos que quase o bateram na primeira disputa pela prefeitura e também no apoio do Governo Estadual, de Beto Richa e do PSDB.
Já Aliel Machado (Rede) tem ao lado partidos como PT e PMDB, no entanto, o deputado federal em sua campanha pela prefeitura quer descolar a imagem das duas legendas na esfera nacional. A tônica da campanha deve seguir os preceitos do partido de Aliel, a Rede Sustentabilidade, que pesa emn seu discurso o tom de novo jeito de fazer política, além de apostar na participação popular e de jovens.
Julio Küller (PMB), por sua vez, se vê como a terceira via, prega a máxima de nem direita, nem esquerda, para frente. O grupo que o apoia reúne dissidentes dos concorrentes Alie Machado e Marcelo Rangel. Küller, inclusive, pertenceu à base de apoio de Rangel no Legislativo e também foi secretário no primeiro mandato do candidato do PPS. O apoio de Marcio Pauliki, que se define como independente, é um dos trunfos de sua base.
Leandro Soares Machado (PPL) é mais um que prega pelo novo. Seu discurso de campanha apela para a tônica de ‘livre de amarras políticas, e seu partido, o PPL, aposta na ligação com movimentos como associações de bairros e voluntariado para criar uma identidade com o eleitorado.
Por fim, na candidatura de Professor Gadini (PSOL), PSOL e PCdoB se intitulam como o a única candidatura de esquerda e popular nestas eleições e também já defenderam ser a ‘verdadeira terceira via’. Também pregam contra a velha política; a ligação com movimentos sociais e militância devem ser a aposta para a campanha.