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Câmara vive dia de votação histórica

Deputados analisam abertura de processo de impeachment de Dilma Rousseff; votação pode se estender por mais de sete horas

Divulgação
Congresso vai votar abertura de processo e se ‘sim’ tiver 342 votos, pedido de impeachment avança para o Senado

 

Pouco mais de 23 anos após votar pelo impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello, a Câmara de Deputados volta a analisar um pedido de saída do chefe do Executivo nacional. A partir das 14 horas de domingo (17) acontecerá a sessão de votação pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade.

A última vez que os deputados votaram pela saída de um presidente foi em 1992, quando grande parte do Congresso (441 contra 38) votou pelo ‘sim’ ao processo de impeachment de Collor, na época, acusado de corrupção.

No domingo, 513 parlamentares analisam o relatório de Jovair Arantes (PTB-GO), que pede o afastamento de Dilma, entendo que ela cometeu irregularidade ao permitir as ‘pedaladas fiscais’. Para que seja aprovado e encaminhado ao Senado, o processo precisa de pelo menos 342 votos favoráveis, enquanto que para se salvar a presidente necessita que 172 deputados digam ‘não’ ao relatório. A tendência é que a votação tenha mais de sete horas de duração.

O relator Jovair Arantes terá 25 minutos para se pronunciar e os líderes falarão em seguida. O início da votação está previsto para as 15 horas, e cada deputado terá apenas 10 segundos para manifestar o seu voto ao microfone. Durante a votação, não serão permitidos encaminhamentos dos líderes nem apresentação de questões de ordem pelos deputados. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse esperar que a votação esteja concluída por volta das 21 horas.

O rito da votação determina que os deputados serão chamados para declarar oralmente seus votos a favor ou contra o pedido começando por um estado da Região Norte e, em alternância, seguido por um estado da Região Sul e vice-versa, continuando-se assim, sucessivamente, passando pelos demais estados.

A ordem de chamada dos estados será a seguinte: Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amapá, Pará, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Goiás, Distrito Federal, Acre, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas. Dentro de cada estado, a chamada de deputados será feita por ordem alfabética.

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